Olá, olá, 'eu',
Passei aqui só para saber se ainda tem alguém por aqui. Well, sabemos que sim, não é mesmo? Mas está chegando o final do ano, e sinto que chega também o crepúsculo desse humilde receptáculo de pensamentos e viagens, aka meu blog. Mas não se desespere, eu mesma, é só uma mudança de ares, não é mesmo? Afinal você precisa da idéia de ter um blog, ainda que o mesmo não seja lá muito produtivo. O que é produtividade, anyways?! Acho que o 'eu me remexo muito' até que deu umas boas sacudidelas, inclusive na gente, né, eu? Pois é! Mas é preciso mudar, é preciso ter raça, é preciso na na na ni na (sei lá como continua essa música - o google completa pra mim "é preciso ter gana sempre..."). Então tá. Este é só um post para declarar minhas intenções: pretendo mudar de blog, mudar de layout, mudar de endereço também. A qualquer momento. E, claaaro que eu vou contar pra mim esse novo local, eu, não me preocupe!
* * *
Então, só para não perder o costume, uma parcial da 'vida': ando trabalhando um bocado, e não tô acostumada com isso não!! Mas tá bom, tá bom... bom, bom, não tá, mas tá bom! Pois é. Lidar com pessoas é mesmo muito difícil. Eu não precisava ralar horrores pra saber disso, afinal 'suspeitei desde o princípio', mas essa coisa de lidar com diferentes pessoas trabalhativamente só reforça a suspeita inicial... grandes coisas! Se era pra chegar às mesmas conclusões, seria mais fácil ter continuado fazendo nada, né? É...
* * *
Rá, ironias da vida: lembra do enfoque sobre 'mãe suficientemente boa'? Sim, essa é das antigas!Pois é, esse termo foi usado em minha última sessão!! Yé, yé, isso deve ser um avanço, não? É, pode ser que não... Bom, de qualquer forma, comemoremos, um termo psicanalítico de verdade! Uhul!
* * *
É, vai ser um problema achar um novo nome para o meu novo lar. Eu posso até pensar que 'eu me remexo muito' não é lá um nome que demandou muito esforço de minha mente, mas sabemos que esse título faz sentido, né? Aliás, esse foi um ano assim, eu diria... produtivo no campo da bobeira. Bobeira pride, I would say. Talvez o nome do blog tenha incentivado essa 'leveza'... Talvez eu chame o meu próximo blog de 'muita grana no bolso', então... É, talvez... Stay tunned...
* * *
Qual foi a do retorno das excessivas expressões em inglês? No idea!
* * *
Informação que me foi dada, gostaria de saber se procede: é verdade que nas novas regras da língua portuguesa, 'vareia' vai estar correto??? Come on!! Se valer vareia, tem que valer "táaaaauba, de tiro ao álvarooo..." também!
* * *
Então tá, eu, chega. Vamos dormir!
Monday, December 08, 2008
Wednesday, October 29, 2008
'Vareia'!
Aí que depois do post pouco feliz que a este antecedeu, eu fiquei mais animadinha com a vida, mais produtiva, essas coisas. Acabei entrando pra yoga, finalmente, mas não passou muito daí o meu ímpeto de produtividade. Essa coisa de variação de humor/percepções é uma coisa. Numa hora tudo é tão possível, e pouco mais de 30 segundos depois a montanha parece imensa demais para o pobre maomé, e nem que a bendita batesse em sua porta ele teria qualquer energia para fazer seja-lá-o-que-for que maomé queria fazer com a pró-ativa montanha. "Pode ser que sim, pode ser que não, mas o mais certo é quem sabe", como já dizia o sábio Chavo del ocho!
E aí que é tudo sempre assim. Exemplifico: tenho que fazer uma apresentação, falar em público (aaaargh!) depois de amanhã, no trabalho. Num momento, acho que isso é o fim do mundo, que todos vão me achar idiota e perceber minha evidente inabilidade oratória. Segundos depois, penso: 'que se exploda, é só chegar lá e começar a falar, do jeito que eu conseguir, e pronto'. Numa hora penso que domino o tema da exposição; logo depois, penso que não sei nada, que vou travar na hora h. De qualquer forma, tudo passa, tudo sempre passará, e isso me consola: vou lá, falo, sofro um bocadinho, mas a vida continua! É. E sou tão procrastinadora que até o sofrimento eu tenho procrastinado: deixo pra sofrer de verdade só na hora, ou algumas horinhas antes do momento crucial. Nessa caso, até que é uma procrastinação produtiva.
Mas o exemplo que eu ia dar não era esse. Só o dei porque achei justo mencionar a apresentação do trabalho, já que eu deveria estar preparando-a nesse momento, ao invés de ficar aqui 'falando' sozinha no blog. Enfim, dizia eu que exemplificaria as variações de outra forma, com pessoas, sempre, sempre elas. Estava eu hoje, no trabalho, e tive uma reunião com um ser que eu conhecia de vista, mas nunca tinha travado mais do que um daqueles diálogos de 'oi, tudo bem', seguido de sorrisos simpáticos e pouco expressivos. De qualquer forma, tinha uma percepção negativa do rapaz. Jornalista, e essa gente não preeeesta, vocês (vozes companheiras de minha cabeça) sabem bem disso. Cara de bobão. Acho que alguém já tinha feito algum comentário negativo sobre ele também, o que rapidamente foi assimilado por minha mente e indiscriminadamente usado para discriminar o rapaz. Daí que hoje tive uma reunião com ele:
Ih, o bobão é todo seguro de si, vejam só. Na verdade, meio convencido. Fala bem ele, veja que coisa! Mas esse jeito excessivamente carioca de falar... coisa irritante! Olha, ele sabe bem sobre comunicação. Que nada, ele tá pensando só em seu próprio umbigo gordo de assessor de imprensa, grandes coisas! Puxa, não tinha pensado nisso, boa idéia! Duh, que coisa óbvia, eu não pensei nisso antes porque isso não é uma coisa que demande qualquer tipo de pensamento mais aprofundado! Puxa, ele é tão natural, simpático... Que pessoa mais forçada, credo! Nossa, ele parece mais maduro, menos bobão do que eu imaginava... É mesmo um bobão convencido! Bom, mas pelo menos ele tá se expressando, dando sua opinião, ao invés de ficar com cara de múmia, como eu costumo a fazer... Mas é melhor ficar calado do que falar esse bando de asneiras, anyway... Puxa, reunião produtiva, até que ele ajudou... Mas na verdade chegaríamos a essas mesmas conclusões sem a ajuda dele...
Sacaram o drama? E aí que eu perco MUITO tempo em minhas divagações, observando mais as esquisitices das pessoas do que o que elas efetivamente estão falando, e isso não é nada bom. Se bem que esses detalhes costumam ser mais interessantes do que o que as pessoas querem falar... Mas aí eu fico perdida demais nos meus pensamentos, e pouco contribuo para o coletivo trabalhativo. Mesmo porque eu quase nunca consigo pensar em algo relevante de verdade, nessas coisas de gente adulta e séria... Se bem que quase sempre penso, logo no começo das infindáveis reuniões, em respostas óbvias para tudo, e é geralmente com elas que as pessoas 'adultas' genialmente finalizam esses produtivos e intermináveis falatórios...
E assim vai...
E aí que é tudo sempre assim. Exemplifico: tenho que fazer uma apresentação, falar em público (aaaargh!) depois de amanhã, no trabalho. Num momento, acho que isso é o fim do mundo, que todos vão me achar idiota e perceber minha evidente inabilidade oratória. Segundos depois, penso: 'que se exploda, é só chegar lá e começar a falar, do jeito que eu conseguir, e pronto'. Numa hora penso que domino o tema da exposição; logo depois, penso que não sei nada, que vou travar na hora h. De qualquer forma, tudo passa, tudo sempre passará, e isso me consola: vou lá, falo, sofro um bocadinho, mas a vida continua! É. E sou tão procrastinadora que até o sofrimento eu tenho procrastinado: deixo pra sofrer de verdade só na hora, ou algumas horinhas antes do momento crucial. Nessa caso, até que é uma procrastinação produtiva.
Mas o exemplo que eu ia dar não era esse. Só o dei porque achei justo mencionar a apresentação do trabalho, já que eu deveria estar preparando-a nesse momento, ao invés de ficar aqui 'falando' sozinha no blog. Enfim, dizia eu que exemplificaria as variações de outra forma, com pessoas, sempre, sempre elas. Estava eu hoje, no trabalho, e tive uma reunião com um ser que eu conhecia de vista, mas nunca tinha travado mais do que um daqueles diálogos de 'oi, tudo bem', seguido de sorrisos simpáticos e pouco expressivos. De qualquer forma, tinha uma percepção negativa do rapaz. Jornalista, e essa gente não preeeesta, vocês (vozes companheiras de minha cabeça) sabem bem disso. Cara de bobão. Acho que alguém já tinha feito algum comentário negativo sobre ele também, o que rapidamente foi assimilado por minha mente e indiscriminadamente usado para discriminar o rapaz. Daí que hoje tive uma reunião com ele:
Ih, o bobão é todo seguro de si, vejam só. Na verdade, meio convencido. Fala bem ele, veja que coisa! Mas esse jeito excessivamente carioca de falar... coisa irritante! Olha, ele sabe bem sobre comunicação. Que nada, ele tá pensando só em seu próprio umbigo gordo de assessor de imprensa, grandes coisas! Puxa, não tinha pensado nisso, boa idéia! Duh, que coisa óbvia, eu não pensei nisso antes porque isso não é uma coisa que demande qualquer tipo de pensamento mais aprofundado! Puxa, ele é tão natural, simpático... Que pessoa mais forçada, credo! Nossa, ele parece mais maduro, menos bobão do que eu imaginava... É mesmo um bobão convencido! Bom, mas pelo menos ele tá se expressando, dando sua opinião, ao invés de ficar com cara de múmia, como eu costumo a fazer... Mas é melhor ficar calado do que falar esse bando de asneiras, anyway... Puxa, reunião produtiva, até que ele ajudou... Mas na verdade chegaríamos a essas mesmas conclusões sem a ajuda dele...
Sacaram o drama? E aí que eu perco MUITO tempo em minhas divagações, observando mais as esquisitices das pessoas do que o que elas efetivamente estão falando, e isso não é nada bom. Se bem que esses detalhes costumam ser mais interessantes do que o que as pessoas querem falar... Mas aí eu fico perdida demais nos meus pensamentos, e pouco contribuo para o coletivo trabalhativo. Mesmo porque eu quase nunca consigo pensar em algo relevante de verdade, nessas coisas de gente adulta e séria... Se bem que quase sempre penso, logo no começo das infindáveis reuniões, em respostas óbvias para tudo, e é geralmente com elas que as pessoas 'adultas' genialmente finalizam esses produtivos e intermináveis falatórios...
E assim vai...
Monday, September 29, 2008
Sorria e acene, diz o pinguim!
Ok, logo aviso que 'foco' não será o forte desse post. Há tempos não escrevo aqui, o que é bastante esquisito, afinal adoro o simples ato de escrever - qualquer bobagem que seja, qualquer e-mail, qualquer legenda de foto de orkut, qualquer mensagem engraçadinha no msn... escrever, that's my thing. Mas, por algum oculto e inconsciente motivo escondido em meu esquisito ser, quase não faço isso. Escrever. Nem mesmo profissionalmente, o que é também bastante esquisito, considerando que sou 'jornalista', com o agravante de que, inocentemente, escolhi essa profissão porque - tcha na na nãn... - gostava de escrever!
Daí que a vida nunca é aquilo que imaginamos, e escrever é a coisa que menos faço hoje em meu trabalho, a não ser nos meios alternativos - e pouco produtivos - citados no início do post. Mas sem problemas, esperta que sou, encontro uma forma de burlar isso e, sim, crio um blog! Na verdade, já criei alguns até hoje. Mas aí eu simplesmente não escrevo. Por que? Falta do que dizer? Algumas vezes. Mas acho que o 'buraco é mais embaixo', digo eu, contrariando regras jornalísticas de 'não use frases feitas, lugares comuns, e mimimimi....'. O escambau, vá ditar regras para a sua vovózinha!
Eu não escrevo, diz minha psicóloga e concordo eu, simplesmente porque eu não me permito fazer nada de agradável por mim mesma. Eu não mereço, sabe? Eu, fazer algo de bom por mim mesma? Que egocêntrica, Érica, páre com isso! Eu, me gabar - ou simplesmente admitir - que eu sou boa ou melhor que alguém em alguma coisa?? Que coisa feia, Érica, quem você pensa que é? Eu, levar a sério alguma atividade, me dedicar com afinco, provar para mim mesma e para os outros que sou melhor do que imaginam? Que isso, você é mesmo patética, Érica, você não conseguiria. Na verdade você não quer o que você quer, está me entendendo? Você não gosta do que você gosta. Você não tem jeito para o que você tem jeito. Você não conseguiria nem mesmo fazer aquilo o que os outros fazem mal feito. Isso porque você não quer. Se você quisesse, faria melhor, mas você não quer. Mas o que é que você está dizendo, Érica, que coisa feia, achando que você pode ser melhor que o outro em qualquer coisa que o valha, menina malvada! Se enxerga. Você não precisa provar nada para ninguém, afinal você sabe que conseguiria. Você sabe isso teoricamente, mas na prática, você não faria. Não conseguiria. Você não quer o que você quer, entende?
E assim 'vivo'. Não escrevendo, não lendo, não ouvindo as músicas que gosto, não me dedicando ao trabalho, não me dedicando ao estudo, não fazendo ioga, dança, não procurando o meu caminho para Deus, não cuidando de mim, não me permitindo ser feliz. E me refugio no sono, na comida, nas milhões de situações imaginárias que se passam em minha mente, no simples não pensar e não fazer. Fica quietinha aí no seu canto, Érica, e vê se não faz muito barulho. Aproveita e sorria bastante. Você gosta disso, não gosta? Então, fique feliz por ter essa migalhinha, de realmente ver beleza e humor nas pequenas coisas. Viu, você é especial, nem todos percebem a vida assim. Então lembre-se: sorria sempre. Assim ninguém percebe o que acontece aí dentro e você não incomoda os outros.
Muito bem, Érica, boa menina.
Daí que a vida nunca é aquilo que imaginamos, e escrever é a coisa que menos faço hoje em meu trabalho, a não ser nos meios alternativos - e pouco produtivos - citados no início do post. Mas sem problemas, esperta que sou, encontro uma forma de burlar isso e, sim, crio um blog! Na verdade, já criei alguns até hoje. Mas aí eu simplesmente não escrevo. Por que? Falta do que dizer? Algumas vezes. Mas acho que o 'buraco é mais embaixo', digo eu, contrariando regras jornalísticas de 'não use frases feitas, lugares comuns, e mimimimi....'. O escambau, vá ditar regras para a sua vovózinha!
Eu não escrevo, diz minha psicóloga e concordo eu, simplesmente porque eu não me permito fazer nada de agradável por mim mesma. Eu não mereço, sabe? Eu, fazer algo de bom por mim mesma? Que egocêntrica, Érica, páre com isso! Eu, me gabar - ou simplesmente admitir - que eu sou boa ou melhor que alguém em alguma coisa?? Que coisa feia, Érica, quem você pensa que é? Eu, levar a sério alguma atividade, me dedicar com afinco, provar para mim mesma e para os outros que sou melhor do que imaginam? Que isso, você é mesmo patética, Érica, você não conseguiria. Na verdade você não quer o que você quer, está me entendendo? Você não gosta do que você gosta. Você não tem jeito para o que você tem jeito. Você não conseguiria nem mesmo fazer aquilo o que os outros fazem mal feito. Isso porque você não quer. Se você quisesse, faria melhor, mas você não quer. Mas o que é que você está dizendo, Érica, que coisa feia, achando que você pode ser melhor que o outro em qualquer coisa que o valha, menina malvada! Se enxerga. Você não precisa provar nada para ninguém, afinal você sabe que conseguiria. Você sabe isso teoricamente, mas na prática, você não faria. Não conseguiria. Você não quer o que você quer, entende?
E assim 'vivo'. Não escrevendo, não lendo, não ouvindo as músicas que gosto, não me dedicando ao trabalho, não me dedicando ao estudo, não fazendo ioga, dança, não procurando o meu caminho para Deus, não cuidando de mim, não me permitindo ser feliz. E me refugio no sono, na comida, nas milhões de situações imaginárias que se passam em minha mente, no simples não pensar e não fazer. Fica quietinha aí no seu canto, Érica, e vê se não faz muito barulho. Aproveita e sorria bastante. Você gosta disso, não gosta? Então, fique feliz por ter essa migalhinha, de realmente ver beleza e humor nas pequenas coisas. Viu, você é especial, nem todos percebem a vida assim. Então lembre-se: sorria sempre. Assim ninguém percebe o que acontece aí dentro e você não incomoda os outros.
Muito bem, Érica, boa menina.
Thursday, August 21, 2008
Da arte de se divertir com qualquer bobagem:
Ainda daquela lista de vagas trabalhísticas:
" PRECISO DE FACÇÃO DE ROUPAS FEMININAS:
Enviado por: "P****" mailto:*****@yahoo.com.br
Qui, 21 de Ago de 2008 9:27 am
SOMOS UMA PEQUENA LOJA, PROCURO FACÇÃO DE ROUPAS PELAS REDONDEZAS, ABOLIÇÃO, PILARES, MADUREIRA OU CASCADURA.TRABALHO COM MODINHA. INTERESSADOS CONTACTAR ******@yahoo.com.br deixando nome e telefone
Obrigado"
* * *
heh, 'trabalho com modinha', que fofo!! Mas ao mesmo tempo, que medo dessas facções de roupas femininas! O Rio de Janeiro está um perigo mesmo, até as roupas estão se organizando em facções... quabs! Imagina, roupinhas armadas 'até os dentes', assustando a população com seu mau gosto... heh... boba!
" PRECISO DE FACÇÃO DE ROUPAS FEMININAS:
Enviado por: "P****" mailto:*****@yahoo.com.br
Qui, 21 de Ago de 2008 9:27 am
SOMOS UMA PEQUENA LOJA, PROCURO FACÇÃO DE ROUPAS PELAS REDONDEZAS, ABOLIÇÃO, PILARES, MADUREIRA OU CASCADURA.TRABALHO COM MODINHA. INTERESSADOS CONTACTAR ******@yahoo.com.br deixando nome e telefone
Obrigado"
* * *
heh, 'trabalho com modinha', que fofo!! Mas ao mesmo tempo, que medo dessas facções de roupas femininas! O Rio de Janeiro está um perigo mesmo, até as roupas estão se organizando em facções... quabs! Imagina, roupinhas armadas 'até os dentes', assustando a população com seu mau gosto... heh... boba!
Friday, August 15, 2008
Canción
Tarefa para quando chegar em casa: baixar a musiquinha ouvida no curso de espanhol. So sweet! O tan dulce! ;)
SalalalaSalala y uiui
SalalalaSalala wouououou
Quedate conmigo solo un día más
Haces que sienta cosas nuevas
Has echo un sueño realidad
Hasta que salga el sol
Hasta que salga el sol
en mis brazos dormitando
me has robado el corazon
ouou
salalalala salala y iuiu
salalalal salalala salalala wuowuo
* * *
Update: Achei pra baixar não! Mas a quem interessar possa, tem para ouvir aqui!
SalalalaSalala y uiui
SalalalaSalala wouououou
Quedate conmigo solo un día más
Haces que sienta cosas nuevas
Has echo un sueño realidad
Hasta que salga el sol
Hasta que salga el sol
en mis brazos dormitando
me has robado el corazon
ouou
salalalala salala y iuiu
salalalal salalala salalala wuowuo
* * *
Update: Achei pra baixar não! Mas a quem interessar possa, tem para ouvir aqui!
Friday, August 08, 2008
Final 'feliz'
Caramba, caramba, caramba! Lembra? Então, hoje de manhã, recebo uma ligação no celular. A mãe do menino. Ela diz que pegou o meu número com a empresa do ônibus, afinal no época deixei meu celular para algo que precisassem...
Ela começa a me perguntar algumas coisas sobre o acidente. Digo o que lembro, pouca coisa, não poderia mandar ela ler meu blog, uma pena. Não pergunto por ele, pois imaginei que seria dolorido para ela falar sobre isso. Ela me pergunta se sou mãe, digo que não. Ela diz: "ah, que pena, se fosse seria mais fácil para você entender... a gente quer saber de tudo, né?". É. Continua me fazendo perguntas, se ele se debateu muito depois do acidente... digo que não, ele ficou parado. Não olhei muito diretamente no dia, mas minutos antes de o colocarem na ambulância, quando a aglomeração cedeu um pouco, o vi. Parado, acordado, mas sem se mover. Não foi uma cena agradável de se recordar.
Mais algumas perguntas, e eis que, ao final da ligação, ela diz: "ah, ele está bem, se recuperou... ficou com umas lesões na cabeça, mas está tudo bem com ele." Caramba, caramba, caramba!
"Ah, graças a Deus. Tudo de bom para a senhora e o seu filho".
Ela começa a me perguntar algumas coisas sobre o acidente. Digo o que lembro, pouca coisa, não poderia mandar ela ler meu blog, uma pena. Não pergunto por ele, pois imaginei que seria dolorido para ela falar sobre isso. Ela me pergunta se sou mãe, digo que não. Ela diz: "ah, que pena, se fosse seria mais fácil para você entender... a gente quer saber de tudo, né?". É. Continua me fazendo perguntas, se ele se debateu muito depois do acidente... digo que não, ele ficou parado. Não olhei muito diretamente no dia, mas minutos antes de o colocarem na ambulância, quando a aglomeração cedeu um pouco, o vi. Parado, acordado, mas sem se mover. Não foi uma cena agradável de se recordar.
Mais algumas perguntas, e eis que, ao final da ligação, ela diz: "ah, ele está bem, se recuperou... ficou com umas lesões na cabeça, mas está tudo bem com ele." Caramba, caramba, caramba!
"Ah, graças a Deus. Tudo de bom para a senhora e o seu filho".
Wednesday, August 06, 2008
Um é pouco? Três é demais...!
É mesmo muito engraçada essa coisa da vida imaginária. Ocupa grande parte do meu tempo. Às vezes eu quero que as pessoas ao meu redor, nos ônibus e ruas da vida, simplesmente sumam, para que eu possa fazer gestos, sorrir ou chorar, enfim, agir de forma coerente com o filme que se passa em minha mente no momento. É...
Eu diria que, além da vida imaginária, tem aquela dos sonhos também. Têm pessoas que insistem em aparecer nos meus, seres de tempos longínquos, mas que estão sempre lá, vivos e atuantes, influenciando o meu humor pós-sonho. Como se, de alguma maneira, certa época tivesse parado no tempo, e toda aquela sensação tivesse congelado e se fixado de tal forma no meu inconsciente que eu simplesmente não consiga esquecer. Como se eu tivesse algo a resolver; se não na realidade, via sonho mesmo. É sempre do mesmo jeito. Eu sempre sei que estou sonhando. E eu nunca consigo resolver. Muito esquisito. Mas hoje, pela primeira vez, a sensação de não resolução da coisa não foi angustiante. Foi tipo: ‘yeah, right, to sonhando, e vai ficar por isso mesmo, fine by me... neeeeeext!’. Enfim, diferente.
Além dessas duas realidades imaginadas, pratico ainda uma terceira modalidade: viver grandes dramas com pessoas reais, sem avisar a elas. Fico lá, imaginando brigas terríveis, chegando à conclusão de que o fim é inevitável, de que não quero mais vê-las, e isso começa a influenciar as relações reais... até que uma faísca de realidade me faz ver o quão idiota é todo o drama imaginado, e então vou lá, imagino que ficou tudo bem e aplico essa mesma solução para a vida real.
Man, qual é o meu problema? Qual a dificuldade em viver a vida como ela é, e só? Como se uma vida com seus problemas bastante reais fosse pouca coisa pra administrar...
Eu diria que, além da vida imaginária, tem aquela dos sonhos também. Têm pessoas que insistem em aparecer nos meus, seres de tempos longínquos, mas que estão sempre lá, vivos e atuantes, influenciando o meu humor pós-sonho. Como se, de alguma maneira, certa época tivesse parado no tempo, e toda aquela sensação tivesse congelado e se fixado de tal forma no meu inconsciente que eu simplesmente não consiga esquecer. Como se eu tivesse algo a resolver; se não na realidade, via sonho mesmo. É sempre do mesmo jeito. Eu sempre sei que estou sonhando. E eu nunca consigo resolver. Muito esquisito. Mas hoje, pela primeira vez, a sensação de não resolução da coisa não foi angustiante. Foi tipo: ‘yeah, right, to sonhando, e vai ficar por isso mesmo, fine by me... neeeeeext!’. Enfim, diferente.
Além dessas duas realidades imaginadas, pratico ainda uma terceira modalidade: viver grandes dramas com pessoas reais, sem avisar a elas. Fico lá, imaginando brigas terríveis, chegando à conclusão de que o fim é inevitável, de que não quero mais vê-las, e isso começa a influenciar as relações reais... até que uma faísca de realidade me faz ver o quão idiota é todo o drama imaginado, e então vou lá, imagino que ficou tudo bem e aplico essa mesma solução para a vida real.
Man, qual é o meu problema? Qual a dificuldade em viver a vida como ela é, e só? Como se uma vida com seus problemas bastante reais fosse pouca coisa pra administrar...
Wednesday, July 30, 2008
(...)
Tem umas coisas engraçadas a mente da gente. Essa mania de imaginar muito, mil situações, conversas, toda uma outra vida, às vezes coerente com a real, outras tão totalmente aleatória... Mas aí, pensa assim: qual a diferença entre uma vida vivida na sua imaginação e a memória de situações reais? É, memória, coisas que realmente aconteceram, mas que agora são só imagens na sua mente... Assim como a sua vida imaginada. São a mesma coisa, não? Ou quase? Tem situações que a gente vive que já nascem com cara de momento imaginado... você pensa: isso tá acontecendo mesmo ou eu estou imaginando...? Parecido com aqueles sonhos tão reais, e ao mesmo tão improváveis, que você se questiona, ainda dentro do sonho: será que isso tá acontecendo mesmo ou estou sonhando? Aí você se força a descobrir a verdade e de repente se encontra, desolado, apesar de confortavelmente aninhado, em sua caminha...
Confuso, confuso... mas pode ajudar bastante também. Você pode inventar finais para situações que não tiveram um desfecho devido... “E então ela caiu do precipício e morreu. Fim”. Simples assim. Podem ser coisas menos trágicas também, claro... só queria deixar bem clara a idéia. Ou então, comodamente, podem servir para que você não dê maior importantância a coisas não tão bonitas que você faz... "Ah, passou, e não teve maiores consequências na minha vida..." Situação imaginada ou memória? No final, não faz muita diferença. O furo na ‘Matrix’ acontece se essas pessoas/situações ainda influenciarem ou fizerem parte de sua vida presente. Mas aí você arranja outros jeitos de se resolver com a realidade.
Além disso, continuando a viagem, penso eu: o que tem mais significado, o que te marca mais? Aquilo que aconteceu, que já passou e virou memória ou a vida imaginada, sempre viva e aberta a novas e inesperadas reviravoltas?
Enfim, divagações aleatórias...
Confuso, confuso... mas pode ajudar bastante também. Você pode inventar finais para situações que não tiveram um desfecho devido... “E então ela caiu do precipício e morreu. Fim”. Simples assim. Podem ser coisas menos trágicas também, claro... só queria deixar bem clara a idéia. Ou então, comodamente, podem servir para que você não dê maior importantância a coisas não tão bonitas que você faz... "Ah, passou, e não teve maiores consequências na minha vida..." Situação imaginada ou memória? No final, não faz muita diferença. O furo na ‘Matrix’ acontece se essas pessoas/situações ainda influenciarem ou fizerem parte de sua vida presente. Mas aí você arranja outros jeitos de se resolver com a realidade.
Além disso, continuando a viagem, penso eu: o que tem mais significado, o que te marca mais? Aquilo que aconteceu, que já passou e virou memória ou a vida imaginada, sempre viva e aberta a novas e inesperadas reviravoltas?
Enfim, divagações aleatórias...
Friday, July 18, 2008
Triste dia feliz
Triste. Triste dia feliz. Último dia de trabalho. Há quatro anos por lá, todos os dias. E hoje foi o último.
Começou como outro qualquer. Atraso. Chego, sala quase vazia, só o companheiro mais recente já está por lá. O chefe, querido, admirado, pessoa rara, como sempre, ainda não chegou. Chega por volta de meio dia.
O companheiro mais recente continua com suas piadinhas de "não se vá, por que vai nos abandonar...?". As piadinhas foram constantes no último mês, desde quando a mudança ficou mais inevitável. Almoço comemorativo, mas só com os dois. O resto dos companheiros está de férias, doente, de licença... Comilanças mil, como nos foi peculiar em todo esse tempo compartilhado. Brownie de sobremesa, dividido por três, como de costume.
Voltamos, quase na hora de ir embora. O companheiro de licença aparece, se despede, diz que toda a semana passará no prédio onde trabalharei, afinal o "médico de maluco" dele (apelido dado pelo companheiro mais recente aos psicólogos em geral) fica lá...
O companheiro recente se vai. Segura meu rosto e diz: "Puxa, eu adoro essa menina...". Um beijo na mão, último pedido para que eu não vá... "Não posso ficar, tenho que ir...". "Então eu levo uns biscoitinhos pra você no novo trabalho, semana que vem, ok?" Ok.
Continuo até um pouco mais tarde na sala, terminando um trabalho. Eu e meu chefe. Chega a hora de ir embora...: "Tô indo embora...". Abraço. Caio no choro. Ele me chama de boba, diz que continuaremos nos vendo, diz que tem certeza que dará tudo certo, diz pra eu aproveitar, fazer um mestrado... Não consigo dizer muito, só um choroso "Vou ficar com saudades..." Ele diz que estará sempre por perto, e que logo logo iremos apresentar o trabalho, juntos, em São Paulo. "É...". Pego minhas coisas, vou saindo. Ele pergunta: "Pegou suas vaquinhas?". Sim, peguei, vou indo.
Já está escuro, fui embora muito mais tarde do que de costume. Saio com minha bolsa pesada, levando todas as minhas coisas, inclusive a vaquinha, um de meus enfeites bobos de mesa. O castelo iluminado. Lindo como sempre. Percorro a longa descida até a portaria, chorando, chorando... Não vou sair da instituição, vou apenas mudar de setor, mas esse tempo acabou. O tempo com essas pessoas acabou. Pessoas incríveis. Inesquecíveis.
Chego em casa, entro no meu e-mail. Meu chefe me manda uma mensagem de trabalho, com algumas últimas orientações, e termina, com um ps, assim:
" nossa, você saiu há cinco minutos, mas... QUE SAUDAAAADEEE!!!!....."
E a vida continua, a gente cresce, sofre, evolui, como tem que ser...
* * *
Engraçado que não é a primeira vez que essa situação acontece. Cheguei a mudar de sala, de equipe, tudo igual, no ano passado. Mas é como se eu soubesse que não era definitivo. Na época era para ser, mas, problemas, problemas, e acabou não sendo. Não sofri desse jeito na hora de ir embora. A mudança tinha sido para um lugar fisicamente mais perto, sim, e o projeto não estava totalmente deslocado da equipe antiga. Mas não é isso. Ficamos muito mais próximos nos últimos tempos. Mas sei que, dessa vez, não tem volta. Sem o conforto de estar entre pessoas queridas. Sem o conforto incômodo dos poucos desafios profissionais. Vida nova, vida de gente grande. Desafios de verdade. Medo, medo, medo, mas "continuo a nadar", como dito no post anterior...
* * *
Triste dia feliz. Situações inusitadas, mensagens inusitadas, despedidas, saudades do meu amor.
* * *
Pra terminar a noite, no fundo do poço, pensamento: "Ah, puxa... hoje não vai ter zorra total, é só amanhã..." É-o-fim da linha.
Começou como outro qualquer. Atraso. Chego, sala quase vazia, só o companheiro mais recente já está por lá. O chefe, querido, admirado, pessoa rara, como sempre, ainda não chegou. Chega por volta de meio dia.
O companheiro mais recente continua com suas piadinhas de "não se vá, por que vai nos abandonar...?". As piadinhas foram constantes no último mês, desde quando a mudança ficou mais inevitável. Almoço comemorativo, mas só com os dois. O resto dos companheiros está de férias, doente, de licença... Comilanças mil, como nos foi peculiar em todo esse tempo compartilhado. Brownie de sobremesa, dividido por três, como de costume.
Voltamos, quase na hora de ir embora. O companheiro de licença aparece, se despede, diz que toda a semana passará no prédio onde trabalharei, afinal o "médico de maluco" dele (apelido dado pelo companheiro mais recente aos psicólogos em geral) fica lá...
O companheiro recente se vai. Segura meu rosto e diz: "Puxa, eu adoro essa menina...". Um beijo na mão, último pedido para que eu não vá... "Não posso ficar, tenho que ir...". "Então eu levo uns biscoitinhos pra você no novo trabalho, semana que vem, ok?" Ok.
Continuo até um pouco mais tarde na sala, terminando um trabalho. Eu e meu chefe. Chega a hora de ir embora...: "Tô indo embora...". Abraço. Caio no choro. Ele me chama de boba, diz que continuaremos nos vendo, diz que tem certeza que dará tudo certo, diz pra eu aproveitar, fazer um mestrado... Não consigo dizer muito, só um choroso "Vou ficar com saudades..." Ele diz que estará sempre por perto, e que logo logo iremos apresentar o trabalho, juntos, em São Paulo. "É...". Pego minhas coisas, vou saindo. Ele pergunta: "Pegou suas vaquinhas?". Sim, peguei, vou indo.
Já está escuro, fui embora muito mais tarde do que de costume. Saio com minha bolsa pesada, levando todas as minhas coisas, inclusive a vaquinha, um de meus enfeites bobos de mesa. O castelo iluminado. Lindo como sempre. Percorro a longa descida até a portaria, chorando, chorando... Não vou sair da instituição, vou apenas mudar de setor, mas esse tempo acabou. O tempo com essas pessoas acabou. Pessoas incríveis. Inesquecíveis.
Chego em casa, entro no meu e-mail. Meu chefe me manda uma mensagem de trabalho, com algumas últimas orientações, e termina, com um ps, assim:
" nossa, você saiu há cinco minutos, mas... QUE SAUDAAAADEEE!!!!....."
E a vida continua, a gente cresce, sofre, evolui, como tem que ser...
* * *
Engraçado que não é a primeira vez que essa situação acontece. Cheguei a mudar de sala, de equipe, tudo igual, no ano passado. Mas é como se eu soubesse que não era definitivo. Na época era para ser, mas, problemas, problemas, e acabou não sendo. Não sofri desse jeito na hora de ir embora. A mudança tinha sido para um lugar fisicamente mais perto, sim, e o projeto não estava totalmente deslocado da equipe antiga. Mas não é isso. Ficamos muito mais próximos nos últimos tempos. Mas sei que, dessa vez, não tem volta. Sem o conforto de estar entre pessoas queridas. Sem o conforto incômodo dos poucos desafios profissionais. Vida nova, vida de gente grande. Desafios de verdade. Medo, medo, medo, mas "continuo a nadar", como dito no post anterior...
* * *
Triste dia feliz. Situações inusitadas, mensagens inusitadas, despedidas, saudades do meu amor.
* * *
Pra terminar a noite, no fundo do poço, pensamento: "Ah, puxa... hoje não vai ter zorra total, é só amanhã..." É-o-fim da linha.
Thursday, July 10, 2008
Continue a nadar... Continue a nadar...
How long, how lo-o-ong, não é mesmo? O motivo da ausência? A ausência de motivo para estar presente! Digamos que a tendência permanece, mas deu vontade de contrariar as expectativas e aparecer por aqui.
Variação de humor é uma coisa. Uma coisa chata, devo esclarecer. Outra coisa chata é ficar travado com situações simples. Vai lá, entra na sala da chefe, agradece o presente, sai, fim de papo. Mas não... é um drama! Tudo sempre tem que ter drama. Mas algumas coisas (sempre elas!) têm mudado. Tenho me forçado a atuar, a aceitar meu papel nesse teatro dos horrores que eu tendo a transformar a vida. E os monstros nem parecem mais tão feios. Sempre dá aquela tensão antes de entrar no palco (qual é a da metáfora teatral!?), mas não me recuso a fazer o que tem que ser feito, a dizer o que tem que ser dito, como muitas vezes fiz. Algumas vezes custa a dar certo, em outras meus passinhos são mais curtos do que deveriam, mas I keep walkin', como diz a propaganda de whisky. Algumas coisas ainda não funcionam bem, mas é isso aí, a vida é uma luta, discovery chanel, papo-terapeuta-e-afins, e tal e tudo. O medo continua lá, ainda não é fácil encará-lo, mas agora eu tenho conseguido mostrar quem está no comando dessa 'joça'* aqui. A joça, no caso, sou eu.
"- Oi...
- Oi, e aí, gostou do presente?
- Adorei... vim agradecer!
- É, achei a sua cara! Que bom que gostou! Serviu?
- Sim, ficou uma graça! Não precisava se preocupar...
- Ah, que ótimo, eu tava devendo o seu presentinho. Ah, escuta, estou tentando marcar aquela reunião, avisa ao seu chefe...
- Ok, pode deixar.
- Tá certo!
- Vou lá..."
É só começar. Oi. Simples assim.
* * *
Acabei não desenvolvendo o tópico variação de humor... é que ele, mais uma vez, mudou, assim como a minha disposição de começar toda a ladainha reclamona...
* joça: s. f., Brasil, gír., coisa complicada; coisa mal conhecida. Essa 'coisa' é mesmo muito abrangente...
Variação de humor é uma coisa. Uma coisa chata, devo esclarecer. Outra coisa chata é ficar travado com situações simples. Vai lá, entra na sala da chefe, agradece o presente, sai, fim de papo. Mas não... é um drama! Tudo sempre tem que ter drama. Mas algumas coisas (sempre elas!) têm mudado. Tenho me forçado a atuar, a aceitar meu papel nesse teatro dos horrores que eu tendo a transformar a vida. E os monstros nem parecem mais tão feios. Sempre dá aquela tensão antes de entrar no palco (qual é a da metáfora teatral!?), mas não me recuso a fazer o que tem que ser feito, a dizer o que tem que ser dito, como muitas vezes fiz. Algumas vezes custa a dar certo, em outras meus passinhos são mais curtos do que deveriam, mas I keep walkin', como diz a propaganda de whisky. Algumas coisas ainda não funcionam bem, mas é isso aí, a vida é uma luta, discovery chanel, papo-terapeuta-e-afins, e tal e tudo. O medo continua lá, ainda não é fácil encará-lo, mas agora eu tenho conseguido mostrar quem está no comando dessa 'joça'* aqui. A joça, no caso, sou eu.
"- Oi...
- Oi, e aí, gostou do presente?
- Adorei... vim agradecer!
- É, achei a sua cara! Que bom que gostou! Serviu?
- Sim, ficou uma graça! Não precisava se preocupar...
- Ah, que ótimo, eu tava devendo o seu presentinho. Ah, escuta, estou tentando marcar aquela reunião, avisa ao seu chefe...
- Ok, pode deixar.
- Tá certo!
- Vou lá..."
É só começar. Oi. Simples assim.
* * *
Acabei não desenvolvendo o tópico variação de humor... é que ele, mais uma vez, mudou, assim como a minha disposição de começar toda a ladainha reclamona...
* joça: s. f., Brasil, gír., coisa complicada; coisa mal conhecida. Essa 'coisa' é mesmo muito abrangente...
Monday, June 23, 2008
Tri legal
Estou cheia de coisas trabalhativas para fazer hoje, mas como tinha muito tempo que eu não passava por aqui, e como eu também queria fazer um breve comentário, cá estou eu.
Hoje de manhã fiquei pensando nessas pessoas que alegram o nosso dia e nem sabem...
Exemplifico: o motorista gaúcho do ônibus que pego para vir para o trabalho. Nem sempre ele é o motorista, varia muito, principalmente porque meu horário de saída também varia muito. Cada vez mais atrasada... mas isso não vem ao caso. Aí quando entro no ônibus e vejo que ele é o motorista do dia, já começo minha manhã mais feliz. Não, não estou apaixonada pelo motorista, apesar de que sim, ele é 'visualmente' agradável. Mas não é isso. É que ele é muito divertido. Primeiro, tem o sotaque. Depois o bom humor inabalável! Sempre sorrindo, conversando, alegrando a todos. Algumas das pérolas:
"Báh, minha casa é tão pequena, mas tão pequena, que o cachorro tem que abanar o rabo de cima para baixo (fazendo o gesto), porque de lado não dá espaço!"
"Mas o trânsito ontem estava terrível! Acho que o povo recebeu e saiu ansioso para gastar as 'merrequinhas', aí ficou complicado mesmo!"
Aí é isso, fico mais bem humorada escutando os comentários engraçadinhos do motorista. Fora que ele não corre tanto quanto os outros, dirige melhor mesmo, então me sinto mais segura. Ele alegra meu dia e nem sabe. Tem muitas pessoas assim por aí, não é?
* * *
Uhul, semana festiva, mais um ano de vida... Estou me sentindo bem, obrigada. Nada de inferno astral. Acho que, desde 2005, esse é o aniversário em que me sinto mais 'leve'. E, definitivamente, essa leveza não tem nada a ver com meu peso (há). Não há nenhum motivo objetivo para isso, mas estou menos sofrida, mais segura, mais positiva. Que essas mudanças venham para ficar.
Hoje de manhã fiquei pensando nessas pessoas que alegram o nosso dia e nem sabem...
Exemplifico: o motorista gaúcho do ônibus que pego para vir para o trabalho. Nem sempre ele é o motorista, varia muito, principalmente porque meu horário de saída também varia muito. Cada vez mais atrasada... mas isso não vem ao caso. Aí quando entro no ônibus e vejo que ele é o motorista do dia, já começo minha manhã mais feliz. Não, não estou apaixonada pelo motorista, apesar de que sim, ele é 'visualmente' agradável. Mas não é isso. É que ele é muito divertido. Primeiro, tem o sotaque. Depois o bom humor inabalável! Sempre sorrindo, conversando, alegrando a todos. Algumas das pérolas:
"Báh, minha casa é tão pequena, mas tão pequena, que o cachorro tem que abanar o rabo de cima para baixo (fazendo o gesto), porque de lado não dá espaço!"
"Mas o trânsito ontem estava terrível! Acho que o povo recebeu e saiu ansioso para gastar as 'merrequinhas', aí ficou complicado mesmo!"
Aí é isso, fico mais bem humorada escutando os comentários engraçadinhos do motorista. Fora que ele não corre tanto quanto os outros, dirige melhor mesmo, então me sinto mais segura. Ele alegra meu dia e nem sabe. Tem muitas pessoas assim por aí, não é?
* * *
Uhul, semana festiva, mais um ano de vida... Estou me sentindo bem, obrigada. Nada de inferno astral. Acho que, desde 2005, esse é o aniversário em que me sinto mais 'leve'. E, definitivamente, essa leveza não tem nada a ver com meu peso (há). Não há nenhum motivo objetivo para isso, mas estou menos sofrida, mais segura, mais positiva. Que essas mudanças venham para ficar.
Wednesday, June 11, 2008
Dicas preciosas!
Como não ficar nervoso em apresentações no trabalho:
1- Vá com uma blusa que você nunca usou, bem bonita, para combinar com seu visual 'mulher/homem de negócios';
2 - Make sure que essa blusa tenha um botão enorme e bem vistoso, assim, bem na frente, e que desse botão dependa toda a sustentação da vestimenta.
3 - Perca esse botão minutos antes da apresentação.
4 - Tente resolver o problema com um clips e um grampo.
As dicas podem ser resumidas também da seguinte forma:
1 - arranje uma coisa realmente séria para se preocupar.
E essa foi mais uma dica preciosa da menina que se remexe muito até perder seus botões. Ou 'a menina que remexe o corpo mas não deveria arrebentar os botões', tipo Cissa Guimarães no Vídeo Show. Acho que forcei demais nessa referência, né? Ah, já foi.
1- Vá com uma blusa que você nunca usou, bem bonita, para combinar com seu visual 'mulher/homem de negócios';
2 - Make sure que essa blusa tenha um botão enorme e bem vistoso, assim, bem na frente, e que desse botão dependa toda a sustentação da vestimenta.
3 - Perca esse botão minutos antes da apresentação.
4 - Tente resolver o problema com um clips e um grampo.
As dicas podem ser resumidas também da seguinte forma:
1 - arranje uma coisa realmente séria para se preocupar.
E essa foi mais uma dica preciosa da menina que se remexe muito até perder seus botões. Ou 'a menina que remexe o corpo mas não deveria arrebentar os botões', tipo Cissa Guimarães no Vídeo Show. Acho que forcei demais nessa referência, né? Ah, já foi.
Sunday, June 01, 2008
Gimme more!
Eu sei que já postei hoje, e 'o quê? dois posts no mesmo dia? isso subverte toda a ordem mundial e tal, como ousas..."; sei que todos vocês, hordas de leitores, devem estar realmente chocados, mas eu queria falar mais coisas do domingo hospitalar e seus arredores que não têm nada a ver com a parte hospitalar da história, então voltei.
É que eu fico pensando se as pessoas gostam de ser bisbilhotadas. Ou se, inconscientemente, elas deixam fios soltos para serem seguidos pelos mais curiosos. Porque só pode. Ou não. Enfim. Eu realmente sei mais sobre as pessoas do que deveria. Muito mais. Não sei se por abelhudice extrema minha ou por displicência alheia. O que não deixa de ser fascinante, imagina se você realmente pudesse saber tudo sobre as pessoas? 'O que você faz quando/ ninguém te vê fazendo...'. Tudo bem que nem todo mundo é bisbilhotável e interessante, mas quando você encontra alguém assim, e ainda por cima com os tais fios soltos, fica difícil fazer a coisa certa e não se aventurar no desconhecido da vida alheia. É.
Aliás, essa coisa do Outro é interessante. Como pode, num piscar de olhos, variar de desprezível a irresistível? Incrível.
* * *
Bom, quê mais... Uma conversa breve, muito mais do que deveria, seguida de uma leve decepção, por assim dizer. Nunca consigo prolongar conversas importantes. Não consigo me expressar. Mas o tempo que durou foi o suficiente para repensar a vida, repensar o pensar a vida.
* * *
Ah, sim, e sem explicações esse post. Mais bilhete mental do que qualquer coisa. Obrigada pela visita e até a próxima. Hum, isso me lembrou aquele livro"Até mais e obrigado pelos peixes!". Pois é, essa é a idéia, 'sem sentido' assim.
É que eu fico pensando se as pessoas gostam de ser bisbilhotadas. Ou se, inconscientemente, elas deixam fios soltos para serem seguidos pelos mais curiosos. Porque só pode. Ou não. Enfim. Eu realmente sei mais sobre as pessoas do que deveria. Muito mais. Não sei se por abelhudice extrema minha ou por displicência alheia. O que não deixa de ser fascinante, imagina se você realmente pudesse saber tudo sobre as pessoas? 'O que você faz quando/ ninguém te vê fazendo...'. Tudo bem que nem todo mundo é bisbilhotável e interessante, mas quando você encontra alguém assim, e ainda por cima com os tais fios soltos, fica difícil fazer a coisa certa e não se aventurar no desconhecido da vida alheia. É.
Aliás, essa coisa do Outro é interessante. Como pode, num piscar de olhos, variar de desprezível a irresistível? Incrível.
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Bom, quê mais... Uma conversa breve, muito mais do que deveria, seguida de uma leve decepção, por assim dizer. Nunca consigo prolongar conversas importantes. Não consigo me expressar. Mas o tempo que durou foi o suficiente para repensar a vida, repensar o pensar a vida.
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Ah, sim, e sem explicações esse post. Mais bilhete mental do que qualquer coisa. Obrigada pela visita e até a próxima. Hum, isso me lembrou aquele livro"Até mais e obrigado pelos peixes!". Pois é, essa é a idéia, 'sem sentido' assim.
Notas sobre um domingo hospitalar
Chegando no hospital. Público. Aí tinha um cachorro com um olho azul e o outro preto. Não sei se era doença ou 'estilo' mesmo. Assustador, de qualquer forma. Mas até que ele era um vira-latinha simpático. Aí estava cheio de gente na portaria, filas quilométricas para visitar os adoecidos, e o cão assustador andava pra lá e pra cá, buscando atenção, sem sucesso. O máximo que conseguiu foi uns minutinhos da atenção, à distância, da pessoa que vos escreve... e, posteriormente, umas poucas linhas em um blog deserto. Mais sucesso que muitos cães que vemos por aí, não é mesmo? A não ser que você tenha o snoppy ou o scooby doo como parâmetros. Enfim.
* * *
Duas filas. Uma para visitar pacientes cujos nomes comecem com as letras A até L, e outra de L até Z.
- Ih, em que fila eu entro?
- Bom, senhor, essa aqui é de A até L.
- E a outra?
- De M a Z.
- Ih, agora?? Tinha que ser com I!!!
- (...) Então é essa mesmo.
- Ah, tá, obrigado!
* * *
Frio.
* * *
Estava eu, visitando uma senhora (muito da fofinha, diga-se de passagem!), quando chega uma outra senhora, pára ao meu lado e pergunta sobre meu grau de parentesco com a paciente. 'Namorada do neto dela', respondi. Mas acho que seu eu tivesse respondido 'paralelepípedo' não faria a menor diferença, porque a tal senhora desandou a falar, e a dar conselhos de como cuidar da senhora, e contou sobre o marido que teve problema na próstrata, mas "não foi nada não, o problema foi a depressão depois... Treze anos deprimido. E eu cuidei dele esse tempo todo. Morreu ano passado. Semana passada fez um ano.". Hum... "O importante é que a senhora esteve ao lado dele, não é?". "É. minha filha, sempre. Fica com Deus. E melhoras para a senhora.". E assim ela se foi, tão repentinamente quanto chegou. As pessoas são mesmo muito carentes.
* * *
Duas filas. Uma para visitar pacientes cujos nomes comecem com as letras A até L, e outra de L até Z.
- Ih, em que fila eu entro?
- Bom, senhor, essa aqui é de A até L.
- E a outra?
- De M a Z.
- Ih, agora?? Tinha que ser com I!!!
- (...) Então é essa mesmo.
- Ah, tá, obrigado!
* * *
Frio.
* * *
Estava eu, visitando uma senhora (muito da fofinha, diga-se de passagem!), quando chega uma outra senhora, pára ao meu lado e pergunta sobre meu grau de parentesco com a paciente. 'Namorada do neto dela', respondi. Mas acho que seu eu tivesse respondido 'paralelepípedo' não faria a menor diferença, porque a tal senhora desandou a falar, e a dar conselhos de como cuidar da senhora, e contou sobre o marido que teve problema na próstrata, mas "não foi nada não, o problema foi a depressão depois... Treze anos deprimido. E eu cuidei dele esse tempo todo. Morreu ano passado. Semana passada fez um ano.". Hum... "O importante é que a senhora esteve ao lado dele, não é?". "É. minha filha, sempre. Fica com Deus. E melhoras para a senhora.". E assim ela se foi, tão repentinamente quanto chegou. As pessoas são mesmo muito carentes.
Wednesday, May 28, 2008
Sobre a guerra que não houve (ou 'Deus Castiga')
Contextualizando:
Moro 'num bom lugar/ para ver o mar/ Copacabana...'. Mais exatamente num ponto conhecido como Copacabana-quase-Leme. Leme é um bairro ao lado de Copacabana. O Leme tem um morro e duas favelas/comunidades, ou duas favelas/comunidaes e um morro, chamadas Chapéu Mangueira e Babilônia. Locais praticamente pacíficos até poucos meses atrás. Agora o Leme está em guerra. Traficantes da Rocinha, ou do Complexo do Alemão, um desses lugares bacanas, estão tentando invadir o Chapéu Mangueira/Babilônia. Há meses escutamos, de meu apartamento, ao longe, tiros, granadas e afins.
Agora sim, vamos ao post:
Madrugada de terça-feira. Duas da matina. Dormindo, óbvio. De repente... pá pá pá pá, bum bum, taratátá... Barulhos terríveis de tiro. Só que, dessa vez, nada de Leme. Era na minha rua. Acordei apavorada, me joguei no chão do quarto. Ouvi minha mãe me gritando lá de dentro, do quarto dos fundos: "Vem pra cá, filha, vem pra cá!" Fui me arrastando pelo chão do quarto, até chegar ao corredor, e por fim levantar e terminar o percurso até o quarto dos meus pais, correndo. Chegando lá, meus pais dizem que viram um clarão horrível na rua. Pronto, estamos em guerra. Cheiro fortíssimo de pólvora. Acabou a tranquilidade de Copacabana. Temos que sair do Rio. Isso é um absurdo, estamos entregues, nem uma sirene de polícia nessa bodega de cidade. Papai, o chefe da família, foi olhar na janela. As pessoas agiam como se nada tivesse acontecido. A vendedora de cachorro quente continuou na esquina; o lixeiro continuou recolhendo o lixo; a boate continuou com sua música bombante. "As pessoas já estão acostumadas com a violência, que cidade é essa??". Ficamos até às 3 da matina, os quatro, meus pais, minha irmã e eu, deitados na cama do quarto mais seguro da casa. Nesse momento, como não ouvíamos mais nada, voltamos para nossos respectivos quartos e voltamos a dormir.
Quatro da matina. Pá pá pá pá, bum bum, taratátá... Dessa vez, um pouco mais distante. Corri novamente ao nosso 'bunker', e lá encontrei a família reunida. Mais lamentações. Piadinhas a respeito de minha rastejada anterior. "Não, dessa vez vim correndo, não tava tão perto...". Piadinhas a respeito do porteiro: "Vamos interfonar para saber o que está acontecendo!" "Que nada, a essa hora o porteiro está todo *mijado* lá na portaria". Gargalhadas. Piadinhas com a irmã militar: "Vou trazer a minha tropa de elite para cá. Já tenho até a escalação completa!". E cita, em seguida, os nomes dos ex-namorados militares, e também de um ou outro superior não muito querido. Cômico, se não fosse trágico. Às 5 da manhã, novamente, voltamos aos nossos quartos.
Seis da matina. Pá pá pá pá, bum bum, taratátá... Dessa vez tão forte e próximo quanto da primeira vez. Mas, já mais acostumada, fui correndo, nada de rastejar novamente. Vi o imenso clarão na rua. Novamente, cheiro de pólvora. Sem mais possibilidades de dormir. Ficamos os quatro juntos, esperando a televisão noticiar alguma coisa, e nada. Às sete, meu pai nos chama para olhar a janela: "Olha lá... estruturas de fogos de artifício!! Isso é tática de guerrilha, e muito inteligente!! Para assustar as pessoas, mostrando poderio que eles não têm! Você acha que essa idéia veio daqueles 'cabeça de bagre' do morro? Claro que não, tem gente mais esperta trabalhando para eles...".
Após as emoções da noite, volto para minha cama, numa última tentativa de dormir. Minha irmã sai para o trabalho. Minutos depois, liga:
- Vocês não acreditam o que foi essa bagunça... Conversei com o porteiro. Isso foi por causa do jogo do Sport com o Vasco, hoje, pela Copa do Brasil. Os jogadores do Sport estão nesse hotel em frente ao nosso prédio. Para que eles não dormissem, os torcedores fizeram isso. Por vingança. Fizeram o mesmo com os jogadores do Vasco lá em Recife...
Inacreditável. Nunca senti tanta raiva de meus companheiros vascaínos. O que o medo não faz com a gente, não é mesmo? Até provar que focinho de porco não é tomada... E é assim que nos sentimos, morando no Rio de Janeiro, que continua sendo...
* * *
Talvez isso tenha sido castigo dos céus, só porque super me diverti com a derrota dos flamenguistas, em outra noite barulhenta na minha rua. Toma, vascaína!
* * *
Que pelo menos o Sport perca a bodega do jogo, e com os necessários dois gols de diferença, para alguma coisa ter valido a pena nessa noite infernal!! :p
Moro 'num bom lugar/ para ver o mar/ Copacabana...'. Mais exatamente num ponto conhecido como Copacabana-quase-Leme. Leme é um bairro ao lado de Copacabana. O Leme tem um morro e duas favelas/comunidades, ou duas favelas/comunidaes e um morro, chamadas Chapéu Mangueira e Babilônia. Locais praticamente pacíficos até poucos meses atrás. Agora o Leme está em guerra. Traficantes da Rocinha, ou do Complexo do Alemão, um desses lugares bacanas, estão tentando invadir o Chapéu Mangueira/Babilônia. Há meses escutamos, de meu apartamento, ao longe, tiros, granadas e afins.
Agora sim, vamos ao post:
Madrugada de terça-feira. Duas da matina. Dormindo, óbvio. De repente... pá pá pá pá, bum bum, taratátá... Barulhos terríveis de tiro. Só que, dessa vez, nada de Leme. Era na minha rua. Acordei apavorada, me joguei no chão do quarto. Ouvi minha mãe me gritando lá de dentro, do quarto dos fundos: "Vem pra cá, filha, vem pra cá!" Fui me arrastando pelo chão do quarto, até chegar ao corredor, e por fim levantar e terminar o percurso até o quarto dos meus pais, correndo. Chegando lá, meus pais dizem que viram um clarão horrível na rua. Pronto, estamos em guerra. Cheiro fortíssimo de pólvora. Acabou a tranquilidade de Copacabana. Temos que sair do Rio. Isso é um absurdo, estamos entregues, nem uma sirene de polícia nessa bodega de cidade. Papai, o chefe da família, foi olhar na janela. As pessoas agiam como se nada tivesse acontecido. A vendedora de cachorro quente continuou na esquina; o lixeiro continuou recolhendo o lixo; a boate continuou com sua música bombante. "As pessoas já estão acostumadas com a violência, que cidade é essa??". Ficamos até às 3 da matina, os quatro, meus pais, minha irmã e eu, deitados na cama do quarto mais seguro da casa. Nesse momento, como não ouvíamos mais nada, voltamos para nossos respectivos quartos e voltamos a dormir.
Quatro da matina. Pá pá pá pá, bum bum, taratátá... Dessa vez, um pouco mais distante. Corri novamente ao nosso 'bunker', e lá encontrei a família reunida. Mais lamentações. Piadinhas a respeito de minha rastejada anterior. "Não, dessa vez vim correndo, não tava tão perto...". Piadinhas a respeito do porteiro: "Vamos interfonar para saber o que está acontecendo!" "Que nada, a essa hora o porteiro está todo *mijado* lá na portaria". Gargalhadas. Piadinhas com a irmã militar: "Vou trazer a minha tropa de elite para cá. Já tenho até a escalação completa!". E cita, em seguida, os nomes dos ex-namorados militares, e também de um ou outro superior não muito querido. Cômico, se não fosse trágico. Às 5 da manhã, novamente, voltamos aos nossos quartos.
Seis da matina. Pá pá pá pá, bum bum, taratátá... Dessa vez tão forte e próximo quanto da primeira vez. Mas, já mais acostumada, fui correndo, nada de rastejar novamente. Vi o imenso clarão na rua. Novamente, cheiro de pólvora. Sem mais possibilidades de dormir. Ficamos os quatro juntos, esperando a televisão noticiar alguma coisa, e nada. Às sete, meu pai nos chama para olhar a janela: "Olha lá... estruturas de fogos de artifício!! Isso é tática de guerrilha, e muito inteligente!! Para assustar as pessoas, mostrando poderio que eles não têm! Você acha que essa idéia veio daqueles 'cabeça de bagre' do morro? Claro que não, tem gente mais esperta trabalhando para eles...".
Após as emoções da noite, volto para minha cama, numa última tentativa de dormir. Minha irmã sai para o trabalho. Minutos depois, liga:
- Vocês não acreditam o que foi essa bagunça... Conversei com o porteiro. Isso foi por causa do jogo do Sport com o Vasco, hoje, pela Copa do Brasil. Os jogadores do Sport estão nesse hotel em frente ao nosso prédio. Para que eles não dormissem, os torcedores fizeram isso. Por vingança. Fizeram o mesmo com os jogadores do Vasco lá em Recife...
Inacreditável. Nunca senti tanta raiva de meus companheiros vascaínos. O que o medo não faz com a gente, não é mesmo? Até provar que focinho de porco não é tomada... E é assim que nos sentimos, morando no Rio de Janeiro, que continua sendo...
* * *
Talvez isso tenha sido castigo dos céus, só porque super me diverti com a derrota dos flamenguistas, em outra noite barulhenta na minha rua. Toma, vascaína!
* * *
Que pelo menos o Sport perca a bodega do jogo, e com os necessários dois gols de diferença, para alguma coisa ter valido a pena nessa noite infernal!! :p
Monday, May 26, 2008
Trechinhos
"Era discretíssimo o bearnês, apesar da pouca idade. Por isso fingira acreditar em tudo quanto lhe contara o glorioso mosqueteiro, na convicção de que não há amizade que resista a um segredo surpreendido, mormente quando esse segredo interessa o orgulho; mas temos sempre alguma superioridade moral sobre as pessoas cuja vida conhecemos."
"Nada faz passar o tempo nem abrevia uma estrada como um pensamento que absorva em si mesmo todas as faculdades daquele que pensa. A existência exterior semelha então um sono de que esse pensamento é o sonho. Por sua influência, o tempo já não tem medida, o espaço não tem distância. Partimos de um lugar e chegamos a outro, eis tudo. Do intervalo percorrido só nos fica na lembrança um vago nevoeiro, em que se dissipam mil imagens confusas de árvores, montanhas e paisagens."
Fuckin' perfect. Os dois trechos em uma mesma página de 'Os três mosqueteiros', de Alexandre Dumas. Esse merece um 'selo érica de qualidade'! Pensando bem, não merece não, pobre livro!
"Nada faz passar o tempo nem abrevia uma estrada como um pensamento que absorva em si mesmo todas as faculdades daquele que pensa. A existência exterior semelha então um sono de que esse pensamento é o sonho. Por sua influência, o tempo já não tem medida, o espaço não tem distância. Partimos de um lugar e chegamos a outro, eis tudo. Do intervalo percorrido só nos fica na lembrança um vago nevoeiro, em que se dissipam mil imagens confusas de árvores, montanhas e paisagens."
Fuckin' perfect. Os dois trechos em uma mesma página de 'Os três mosqueteiros', de Alexandre Dumas. Esse merece um 'selo érica de qualidade'! Pensando bem, não merece não, pobre livro!
Tuesday, May 13, 2008
Freud, pra que te quero?
Fico impressionada com os meus sonhos. Veja bem, cheguei eu hoje do trabalho e decidi dar uma cochiladinha. Portanto, cochilei. No sonho, estava eu no trabalho, atualizando um site qualquer, convidando pessoas para uma reunião. Eis que minha chefe diz que vai aparecer. Ela aparece. E ela é uma abelha. Sem sentido figurado, uma abelha mesmo. Aí eu olho aquela bosta daquela abelha, e ela me diz: "sim, érica, que bom que você mandou me chamar, e bzz bzz bzz bzz". E aquela porcariazinha pousa no meu braço. E aquilo me dá uma agonia danada, e eu doida pra dar uns tapas, espantar aquela droga daquela abelha, mas não posso, afinal ela é a chefe e tal. Mas em nenhum momento eu estranho seu formato... voador. Chego a ficar com medo de levar uma ferroada, mas penso: "que isso, é a minha chefe, não uma abelha qualquer, que idéia a minha...". Dá um tempinho, chega a outra abelha. Outra mulher mala lá do trabalho. Aí as duas pentelhas pousam no meu braço, e começam seu papo de abelha, e eu doida pra bater nas duas, e sem poder.
Fim.
Nem precisa de freud pra explicar, né?
Monday, May 12, 2008
Diga oi, lilica
Então, sejam simpáticos e digam 'Oi!' para a minha mascote, a felpuda! Que felpuda? 'Desce, desce, desce glamourosa' a página e veja ela ali, na barrinha lateral do blog. Linda, né? Ela faz 'mé', e come, e segue o mouse, e pisca, e mexe as orelhinhas, e sorri, e olha com cara de bobinha, e aparecem coraçõezinhos quando você faz carinho nela, e ela é linda mesmo.
* * *
Final de noite no domingo passado. Eu deitada, indo dormir. De repente, zona na rua. "Maldito Flamengo, malditos flamenguistas barulhentos!", penso. E continuo minha divagação, não compreendendo porque as pessoas perdem tanto a linha com o futebol, porque se esguelam de tanto gritar e torcer por um bando de homem que eles não conhecem, que estão ali vestindo um pedaço de pano que não quer dizer objetivamente nada, um clube, grandes coisas, um clube não existe, ele depende dos times, dos jogadores do momento, você pegue o Vasco, por exemplo, áureos tempos em que era bom torcer pra ele, como eu gostava, me acabava mesmo, mas agora o time é uma bosta, e não faz mais sentido torcer ou sofrer, porque no final é só uma camisa e... "Adeeeeeus, Mengo", escuto no meio das gritarias. Hein, 'adeus mengo', como assim? Mas eles podiam perder de dois... será possível...? Levanto apressadamente e encontro meu pai sentado na cozinha, alegre as hell, e pergunto, incrédula: 'mentiiiiiiira que eles perderam??'
- PERDERAM, minha filha, perderam!
Aê!! Noite feliz!!! Alegria assustadoramente feliz, dessas que quase não sinto mais! Alegria pura, minha gente, pura, como aqueles chocolates de 70% ou mais de cacau! Vou dormir não cabendo dentro de mim, de tanta felicidade. Ouço comentários de meu pai, vindo lá de seu quarto, canções de "e ninguém cala, esse chororô... chora, fdp, chora", misturado a gargalhadas, e durmo tranquila, o sono dos justos.
* * *
Final de noite no domingo passado. Eu deitada, indo dormir. De repente, zona na rua. "Maldito Flamengo, malditos flamenguistas barulhentos!", penso. E continuo minha divagação, não compreendendo porque as pessoas perdem tanto a linha com o futebol, porque se esguelam de tanto gritar e torcer por um bando de homem que eles não conhecem, que estão ali vestindo um pedaço de pano que não quer dizer objetivamente nada, um clube, grandes coisas, um clube não existe, ele depende dos times, dos jogadores do momento, você pegue o Vasco, por exemplo, áureos tempos em que era bom torcer pra ele, como eu gostava, me acabava mesmo, mas agora o time é uma bosta, e não faz mais sentido torcer ou sofrer, porque no final é só uma camisa e... "Adeeeeeus, Mengo", escuto no meio das gritarias. Hein, 'adeus mengo', como assim? Mas eles podiam perder de dois... será possível...? Levanto apressadamente e encontro meu pai sentado na cozinha, alegre as hell, e pergunto, incrédula: 'mentiiiiiiira que eles perderam??'
- PERDERAM, minha filha, perderam!
Aê!! Noite feliz!!! Alegria assustadoramente feliz, dessas que quase não sinto mais! Alegria pura, minha gente, pura, como aqueles chocolates de 70% ou mais de cacau! Vou dormir não cabendo dentro de mim, de tanta felicidade. Ouço comentários de meu pai, vindo lá de seu quarto, canções de "e ninguém cala, esse chororô... chora, fdp, chora", misturado a gargalhadas, e durmo tranquila, o sono dos justos.
Wednesday, May 07, 2008
Post muito maior do que precisaria ser se sua existência fosse ao menos justificável
Aí que hoje tenho que dormir cedo, afinal tenho psicóloga de madrugada amanhã... isso porque eu fugi da última sessão, mas isso não vem ao caso. Mas como dia dizendo, logo hoje que preciso ir dormir cedo decidi dar uma passadinha por aqui no blog, pra tirar a poeira, dar uma capinadinha e tal e coisa. Isso porque eu me saboto, e como tenho que dormir cedo estou arrumando coisas idiotas pra fazer com o destrutivo intuito de adiar o momento do sono. Percebem que análise profunda do meu ser? Quem precisa de psicóloga quando se tem instrutivas comunidades orkutianas?
Mas enfim, só pra não deixar o samba morrer, não deixar o samba acabar, passei para contar coisas interessantíssimas para vocês, vozes na minha cabeça e amigos imaginários. Comecemos o show:
- Aí que eu vi o traveco do Ronaldinho outro dia, aqui na minha rua. Isso porque o meu pedacinho na 'princesinha do mar' é super bem frequentado. Aí que o traveco é feio mesmo, mal lavado e mal vestido, com o cabelo esgrouvinhado (heh, palavra legal!). E ele (ou ela?) tem uma tatuagem enorme nas costas que diz "Andréia Albertini - eu sou o sucesso". Sério. Aí foi isso, minha vida é muito interessante, então esse foi o evento da semana, e achei pertinente deixar registrado por aqui. Quem sabe, assim como era a intenção do traveco, não consigo pegar uma carona na onda do escândalo, e recebo alguns visitantes desavisados, encaminhados pelo Deus Google, para fazerem companhia às vozes de minha cabeça, aos amigos imaginários e aos dois outros leitores assíduos de meu espacinho virtual semi-improdutivo (qual é msm a regra do hífen? Çoletrãno, help me!)? Ou talvez eu devesse usar o tempo que estou gastando para escrever esse post aprendendo a escrever frases mais curtas e menos confusas. É, talvez. (consegui!) Ok, next!
- A moça da loja na qual comprei o vestidinho mais fofo ever e uma blusinha há um mês atrás ligou pro meu celular. Ok, nada demais, ela queria avisar da nova coleção, e eu coloquei meu telefone no cadastro da loja. Perguntou também sobre a blusa e o vestidinho, o que é ok também, afinal eles têm as compras registradas. Mas aí ela prolongou o papo, perguntando como tinha sido a minha viagem, se o tempo tava bom... isso porque no dia que fiz as compras comentei, por alto, que estava de férias e ia viajar... Gente, que medo! Vendedores agora gravam conversas, ou anotam detalhes dos bate-papos informais com os clientes para usar contra eles depois, no tribunal?? Parece essa coisa da web, 'quem compra isso compra também', ou aqueles anúncios que aparecem misteriosamente no seu e-mail, justamente de coisas que você têm pesquisado ultimamente... Mad, mad world.
- Aí na mesma vibe 'persiga seus clientes' recebi hoje uma mensagem no celular, das lojas Renner, mandando eu ir lá gastar todo o meu dinheiro logo aí. Não com essas palavras, mas a idéia é essa. Medo².
- O wordpress é uma bosta! Aí, google, blogger, seja-lá-quem-forem-os-concorrentes-do-wordpress, galera toda! Me arranja um dindin qualquer que eu saio falando mal do wordpress por toda a medina, nos meus super influentes meios internéticos! E com conhecimento de causa!
- Tenho tentado trabalhar no trabalho nos últimos dias. Aí fico lá, entretida em minha batalha com o wordpress, o que não é uma coisa lá muito institucional, mas está bem bacana de fazer, afinal qualquer coisa é melhor que ficar 8 horas por dia fazendo nada e pensando 'que merda de vida de bosta!'.
- Quando não estou ocupada fazendo nada ou brincando de fingir que estou trabalhando, o que salva meus dias trabalhativos são meus companheiros de marasmo. Eu adoro as frases feitas que um desses companheiros solta ao longo do dia. Deixo uma com vocês: "É... quando os gatos saem, os ratos andam na louça!".
Bom, é isso! Edificados após tão hipnotizantes relatos? Imagino! Prometo que fico mais um tempão sem aparecer, para vocês (vozes na minha cabeça, mimimimi....) se recuperarem!
Mas enfim, só pra não deixar o samba morrer, não deixar o samba acabar, passei para contar coisas interessantíssimas para vocês, vozes na minha cabeça e amigos imaginários. Comecemos o show:
- Aí que eu vi o traveco do Ronaldinho outro dia, aqui na minha rua. Isso porque o meu pedacinho na 'princesinha do mar' é super bem frequentado. Aí que o traveco é feio mesmo, mal lavado e mal vestido, com o cabelo esgrouvinhado (heh, palavra legal!). E ele (ou ela?) tem uma tatuagem enorme nas costas que diz "Andréia Albertini - eu sou o sucesso". Sério. Aí foi isso, minha vida é muito interessante, então esse foi o evento da semana, e achei pertinente deixar registrado por aqui. Quem sabe, assim como era a intenção do traveco, não consigo pegar uma carona na onda do escândalo, e recebo alguns visitantes desavisados, encaminhados pelo Deus Google, para fazerem companhia às vozes de minha cabeça, aos amigos imaginários e aos dois outros leitores assíduos de meu espacinho virtual semi-improdutivo (qual é msm a regra do hífen? Çoletrãno, help me!)? Ou talvez eu devesse usar o tempo que estou gastando para escrever esse post aprendendo a escrever frases mais curtas e menos confusas. É, talvez. (consegui!) Ok, next!
- A moça da loja na qual comprei o vestidinho mais fofo ever e uma blusinha há um mês atrás ligou pro meu celular. Ok, nada demais, ela queria avisar da nova coleção, e eu coloquei meu telefone no cadastro da loja. Perguntou também sobre a blusa e o vestidinho, o que é ok também, afinal eles têm as compras registradas. Mas aí ela prolongou o papo, perguntando como tinha sido a minha viagem, se o tempo tava bom... isso porque no dia que fiz as compras comentei, por alto, que estava de férias e ia viajar... Gente, que medo! Vendedores agora gravam conversas, ou anotam detalhes dos bate-papos informais com os clientes para usar contra eles depois, no tribunal?? Parece essa coisa da web, 'quem compra isso compra também', ou aqueles anúncios que aparecem misteriosamente no seu e-mail, justamente de coisas que você têm pesquisado ultimamente... Mad, mad world.
- Aí na mesma vibe 'persiga seus clientes' recebi hoje uma mensagem no celular, das lojas Renner, mandando eu ir lá gastar todo o meu dinheiro logo aí. Não com essas palavras, mas a idéia é essa. Medo².
- O wordpress é uma bosta! Aí, google, blogger, seja-lá-quem-forem-os-concorrentes-do-wordpress, galera toda! Me arranja um dindin qualquer que eu saio falando mal do wordpress por toda a medina, nos meus super influentes meios internéticos! E com conhecimento de causa!
- Tenho tentado trabalhar no trabalho nos últimos dias. Aí fico lá, entretida em minha batalha com o wordpress, o que não é uma coisa lá muito institucional, mas está bem bacana de fazer, afinal qualquer coisa é melhor que ficar 8 horas por dia fazendo nada e pensando 'que merda de vida de bosta!'.
- Quando não estou ocupada fazendo nada ou brincando de fingir que estou trabalhando, o que salva meus dias trabalhativos são meus companheiros de marasmo. Eu adoro as frases feitas que um desses companheiros solta ao longo do dia. Deixo uma com vocês: "É... quando os gatos saem, os ratos andam na louça!".
Bom, é isso! Edificados após tão hipnotizantes relatos? Imagino! Prometo que fico mais um tempão sem aparecer, para vocês (vozes na minha cabeça, mimimimi....) se recuperarem!
Thursday, April 24, 2008
Pensamento rápido
Aí, seguindo a onda (e não a vibe) de posts com temáticas adolescentes, hoje vou falar da minha irmã. Não, não vou detoná-la nem nada assim, só queria dizer que ela anda muito alegrinha demais da vida. Não que eu sinta falta da mal-humorada das patadas mil, mas é que é muita alegria mesmo. Ela ri de tudo, o tempo todo. E faz musiquinhas com tudo, como eu costumava fazer quando me sentia feliz em casa. Enfim. Deve ser o tal remedinho. Bom para ela. Talvez eu mesma precise de um desses pra ficar menos ranzinza.
Sunday, April 20, 2008
Momentos Memoráveis de um Concurso Público
Domigo de manhã. Manhã não, madrugada, antes das 7 da matina. Que tipo de gente fica nas ruas a essa hora de um sonolento domingo? Gente estranha, pessoal, acreditem. Inclusive uma vizinha minha. Uma senhora, batendo papo com o porteiro. Antes das sete-da-manhã-de-um-domingo, repito. Domingo nublado, nada de sol convidativo aos (muito) mais bem dispostos. O que leva uma pessoa a fazer isso, nunca saberei.
Mas enfim. Eu tinha um motivo - ir fazer prova de concurso público, mesmo sendo só para cadastro de reserva, também conhecido como 'caça níquel para fazer um dinheirinho e regularizar a situação das pessoas que já trabalham na instituição'. Pata que sou, lá fui eu, sacrificando sagradas horas de sono dominical. Estranhamente estava muito animada, cantando canções com letras reinterpretadas por mim, o que não agradou nada ao namorado sonolento, outro pato que, como eu, foi para a promissora prova. Lá fomos nós, metrô relativamente cheio para um domingo de manhã, linha dois, bocejo, preguiça.
Saindo na estação final, começam os vendedores. Antes das oito da matina, já infestando as ruas ao redor da prova. "Caneta preta, caneta preta, olha a canetinha da prova!!". E todos, eu disse todos, sem exceção, só tinham canetas pretas pra vender. "Olha a caneta preta, só pode fazer a prova com caneta pretaaaaa!"... Mas a beleza da coisa é que isso não era verdade, tanto fazia caneta azul ou preta, mas a comunidade unida de vendedores de canetas para concursos (CUVCP) fechou no discurso do 'só vale caneta preta'. Impressionante. Eu me pergunto como. Onde estão as ovelhas 'azuis' para furar o esquema?? Nenhuma se manifestou.
Outro grupo que fechou no discurso foi o dos vendedores de água. Desqualificar a qualidade da água alheia foi a tática: "Olha a áááágua da prova, a água do bebedouro é sujaaaaaa".
Teve ainda um vendedor, pacientemente explicando a um potencial comprador: "Olha, lá tem água, mas é suja... é da caixa d'água... aí tem a dengue, né? Já viu! É melhor levar da minha água mesmo!".
Destaque ainda para os vendedores acostumados a vender água na praia que apareceram por lá: "Água, ô ááááágua..."; "Leva a aguinha, vai, leva a águinha, águinha, águinha, leva, leva a aguinhaaaaa".
E, para fechar o tópico aquático, o último vendodor apelou: "Olha a água da sooooorte, é essa a água da sooooorte!".
Gente criativa.
* * *
Repararam, no english no texto?! Opa... droga! Quase consegui!
Mas enfim. Eu tinha um motivo - ir fazer prova de concurso público, mesmo sendo só para cadastro de reserva, também conhecido como 'caça níquel para fazer um dinheirinho e regularizar a situação das pessoas que já trabalham na instituição'. Pata que sou, lá fui eu, sacrificando sagradas horas de sono dominical. Estranhamente estava muito animada, cantando canções com letras reinterpretadas por mim, o que não agradou nada ao namorado sonolento, outro pato que, como eu, foi para a promissora prova. Lá fomos nós, metrô relativamente cheio para um domingo de manhã, linha dois, bocejo, preguiça.
Saindo na estação final, começam os vendedores. Antes das oito da matina, já infestando as ruas ao redor da prova. "Caneta preta, caneta preta, olha a canetinha da prova!!". E todos, eu disse todos, sem exceção, só tinham canetas pretas pra vender. "Olha a caneta preta, só pode fazer a prova com caneta pretaaaaa!"... Mas a beleza da coisa é que isso não era verdade, tanto fazia caneta azul ou preta, mas a comunidade unida de vendedores de canetas para concursos (CUVCP) fechou no discurso do 'só vale caneta preta'. Impressionante. Eu me pergunto como. Onde estão as ovelhas 'azuis' para furar o esquema?? Nenhuma se manifestou.
Outro grupo que fechou no discurso foi o dos vendedores de água. Desqualificar a qualidade da água alheia foi a tática: "Olha a áááágua da prova, a água do bebedouro é sujaaaaaa".
Teve ainda um vendedor, pacientemente explicando a um potencial comprador: "Olha, lá tem água, mas é suja... é da caixa d'água... aí tem a dengue, né? Já viu! É melhor levar da minha água mesmo!".
Destaque ainda para os vendedores acostumados a vender água na praia que apareceram por lá: "Água, ô ááááágua..."; "Leva a aguinha, vai, leva a águinha, águinha, águinha, leva, leva a aguinhaaaaa".
E, para fechar o tópico aquático, o último vendodor apelou: "Olha a água da sooooorte, é essa a água da sooooorte!".
Gente criativa.
* * *
Repararam, no english no texto?! Opa... droga! Quase consegui!
Friday, April 18, 2008
Portas fechadas
Aí que ninguém nessa casa me respeita como 'serumano'. It's all cold in this house. A simples reclamação de que a outra pessoa 'não respeita meu espaço' causa risadinhas irônicas em meu interlocutor, como se eu não fosse um ser independente, uma pessoa adulta, com vontades próprias. Fica difícil conversar assim.
Mas tudo bem. A tática agora é das portas fechadas. That's it, babe, observando a vida e seu comportamento para comigo e adaptando minha interpretação de suas ações a minha realidade! (oi?)
Ok, voltando a falar coisas com alguma chance/vontade de fazer sentido: minha super radical decisão é de que vou deixar a porta do meu quarto fechada from now on.
O quarto não pode ficar bagunçado porque é o quarto da frente(!)?
Fecha a porta!
Quero dormir e as pessoas insistem em entrar, acender a luz, ouvir música de seus irritantes powerpoits encaminhados e falar no telefone justamente no meu fuckin quarto?
Fecha a porta!
As pessoas (sempre elas!) insistem em ficar de mimimi, adetrando seu quarto de 5 em 5 segundos, insistindo em discussões que já acabaram?
Fecha a porta e passa a chave, if that's the case!
Sacaram a profundidade dos dramas, né? Pois é, i'm érica, i'm pathetic.
Estou, agorinha mesmo, em um momento portas fechadas. Musiquinha, incenso, lap top novo (computador coletivo do quarto com os dias contados, yey!), vida boa. Mas o inferno está a uma porta de distância.
Sendo assim, estou de férias, louca para voltar ao 'trabalho', só para não ter que ficar mais tempo por aqui, em 'casa'.
E sabe, estou tão cansadas de aspas na minha 'vida'...
* * *
Fui só eu que senti uma vibe adolescente nesse 'texto'? (...)
update: abriram minha porta, sentaram no maldito computador, invadiram meu espaço, once again. A tranquilidade durou pouco mais de uma hora. E o que dá mais raiva é que é de propósito, afinal esse não é o único computador na casa. É só pra infernizar mesmo. Acho que vivo em uma família de adolescentes velhos. Enfim, portas abertas. E lá se vai meu oásis e mais um pedacinho de minha sanidade...
Mas tudo bem. A tática agora é das portas fechadas. That's it, babe, observando a vida e seu comportamento para comigo e adaptando minha interpretação de suas ações a minha realidade! (oi?)
Ok, voltando a falar coisas com alguma chance/vontade de fazer sentido: minha super radical decisão é de que vou deixar a porta do meu quarto fechada from now on.
O quarto não pode ficar bagunçado porque é o quarto da frente(!)?
Fecha a porta!
Quero dormir e as pessoas insistem em entrar, acender a luz, ouvir música de seus irritantes powerpoits encaminhados e falar no telefone justamente no meu fuckin quarto?
Fecha a porta!
As pessoas (sempre elas!) insistem em ficar de mimimi, adetrando seu quarto de 5 em 5 segundos, insistindo em discussões que já acabaram?
Fecha a porta e passa a chave, if that's the case!
Sacaram a profundidade dos dramas, né? Pois é, i'm érica, i'm pathetic.
Estou, agorinha mesmo, em um momento portas fechadas. Musiquinha, incenso, lap top novo (computador coletivo do quarto com os dias contados, yey!), vida boa. Mas o inferno está a uma porta de distância.
Sendo assim, estou de férias, louca para voltar ao 'trabalho', só para não ter que ficar mais tempo por aqui, em 'casa'.
E sabe, estou tão cansadas de aspas na minha 'vida'...
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Fui só eu que senti uma vibe adolescente nesse 'texto'? (...)
update: abriram minha porta, sentaram no maldito computador, invadiram meu espaço, once again. A tranquilidade durou pouco mais de uma hora. E o que dá mais raiva é que é de propósito, afinal esse não é o único computador na casa. É só pra infernizar mesmo. Acho que vivo em uma família de adolescentes velhos. Enfim, portas abertas. E lá se vai meu oásis e mais um pedacinho de minha sanidade...
Friday, April 11, 2008
Eu não tenho nada pra dizer...
... também não tenho mais o que fazer/ só pra garantir esse post aqui/ eu vou terminar com um mimimi. Ni!
* * *
Ai, ai, ainda bem que quase ninguém vê esse blog.
Sim, doença gratuita.
* * *
Tá, passei para dizer que estou de férias, yey, and life looks good... feels good... tastes good too... ahã, that's right... Só as pessoas tralhabativas é que fazem falta, mas eu vou sobreviver.... ié ié! Mas é sério. Como é bom fazer nada em casa, e não no trabalho. Você fica menos culpado, sabe? Pois é. Aliás, eu sou muito egocêntrica e sempre acho que a culpa de tudo é minha, que eu sempre podia ter feito algo a mais, que se eu não fosse tão banana o mundo seria a better place for you and me to be, e tal. Doenças, doenças...
* * *
Ai, ai, ainda bem que quase ninguém vê esse blog.
Sim, doença gratuita.
* * *
Tá, passei para dizer que estou de férias, yey, and life looks good... feels good... tastes good too... ahã, that's right... Só as pessoas tralhabativas é que fazem falta, mas eu vou sobreviver.... ié ié! Mas é sério. Como é bom fazer nada em casa, e não no trabalho. Você fica menos culpado, sabe? Pois é. Aliás, eu sou muito egocêntrica e sempre acho que a culpa de tudo é minha, que eu sempre podia ter feito algo a mais, que se eu não fosse tão banana o mundo seria a better place for you and me to be, e tal. Doenças, doenças...
Tuesday, March 25, 2008
Monday, March 10, 2008
Songs everywhere
Olá, olá, i'm back in the saddle again, como diz Steven Tyler!
Pois é, long long time ago, i can still remember e talz, não é mesmo?! O pico de produtividade findou e consequentemente o blog às moscas ficou. Uma poetisa e tanto eu, né não?
* * *
Passei aqui só para reclamar um pouco da vida. Para falar de uma coisa que deveras me irrita em discussões, que é a falta de respeito. Discussão entre pessoas que, teoricamente, deveriam se respeitar, claro. Você tá lá, questionando alguma coisa que você acha que tá errada, dando argumentos lógicos, sem cair na agressividade, e a pessoa vai lá e pans, fica puta porque você se atreveu a discordar de alguma coisa. Oi, pessoas têm o direito de pensar diferente, o povo esquece disso. Aí a pessoa vai e te agride, e você simplesmente se defende. Pronto, o suficiente pro outro tentar inverter a situação - mas sem sucesso. Você sabe que tá com a razão, a outra pessoa também sabe disso, e como não tem argumentos, cai no 'foda-se você, faço o que quero'. Man, tô TÃO cansada disso. Respeito, é simples. Lógico que em discussões você às vezes perde a paciência e a razão, acaba sendo mais... hum, intenso do que deveria, e isso é compreensível. Mas simplesmente cagar para a outra pessoa, that's not acceptable! Mas é isso aí, if that's the way it is, then that's the way it is, não vou sofrer com isso, fugir de conflito, deixar pra lá, ouvir calada, guardar a raiva. Não mais. Eu mereço e exijo respeito. E tá, tentei generalizar a situação mas não consegui, como vocês certamente perceberam, então não vou mais me estender no tópico falta de respeito em discussões.
* * *
Final de semana com encontro nostálgico - e só o que nos une agora? -, reflexões, conversas difícieis, discussões...
It's the end of the world as we know it, and I feel f-i-n-e.
* * *
Ok, I know, excesso de english, mas eu gosto, sidivirto. Posso?
Pois é, long long time ago, i can still remember e talz, não é mesmo?! O pico de produtividade findou e consequentemente o blog às moscas ficou. Uma poetisa e tanto eu, né não?
* * *
Passei aqui só para reclamar um pouco da vida. Para falar de uma coisa que deveras me irrita em discussões, que é a falta de respeito. Discussão entre pessoas que, teoricamente, deveriam se respeitar, claro. Você tá lá, questionando alguma coisa que você acha que tá errada, dando argumentos lógicos, sem cair na agressividade, e a pessoa vai lá e pans, fica puta porque você se atreveu a discordar de alguma coisa. Oi, pessoas têm o direito de pensar diferente, o povo esquece disso. Aí a pessoa vai e te agride, e você simplesmente se defende. Pronto, o suficiente pro outro tentar inverter a situação - mas sem sucesso. Você sabe que tá com a razão, a outra pessoa também sabe disso, e como não tem argumentos, cai no 'foda-se você, faço o que quero'. Man, tô TÃO cansada disso. Respeito, é simples. Lógico que em discussões você às vezes perde a paciência e a razão, acaba sendo mais... hum, intenso do que deveria, e isso é compreensível. Mas simplesmente cagar para a outra pessoa, that's not acceptable! Mas é isso aí, if that's the way it is, then that's the way it is, não vou sofrer com isso, fugir de conflito, deixar pra lá, ouvir calada, guardar a raiva. Não mais. Eu mereço e exijo respeito. E tá, tentei generalizar a situação mas não consegui, como vocês certamente perceberam, então não vou mais me estender no tópico falta de respeito em discussões.
* * *
Final de semana com encontro nostálgico - e só o que nos une agora? -, reflexões, conversas difícieis, discussões...
It's the end of the world as we know it, and I feel f-i-n-e.
* * *
Ok, I know, excesso de english, mas eu gosto, sidivirto. Posso?
Thursday, February 21, 2008
Dúvida
Vem cá... tem alguma coisa na qual eu possa trabalhar em que minha única função trabalhística seja... ser boba? Bobo da corte não vale, porque apesar de frequentar um castelo todos os dias, essa vaga por aqui já está ocupada (/diabo). Mas é sério. Bobeiras me fazem feliz. Eu podia ficar o dia inteiro sendo boba, infame e afins, e me dedicaria tanto que ia acabar total workaholic. Tem bobeiras tão legais que eu, fosse capitalista cheia da grana, pagaria uma fortuna por elas, só para premiar seus criadores, ainda que a bobeira em questão não fosse intencional. Mas não me entendam mal, não é qualquer tipo de bobeira. É bem especializada, eu diria. Pode ser espontânea, mas ainda assim bem específica. Aliás, ultimamente, a única coisa apetecente no meu atual trabalho são os momentos em que fico de 'bobeira' com meus companheiros. Sad(?), but true.
Sério, tem jeito de ganhar dinheiro com isso não? Porque no meu tempo vago eu já faço isso, sabe? E eu ando perdendo a vergonha de ser boba. Já tomou conta de mim. Não dizem que você tem que fazer o que gosta, e tal e coisa? Então, eu gosto de ser boba. O que eu posso fazer, então? Alguma sugestão? Perdi a noção?
Sério, tem jeito de ganhar dinheiro com isso não? Porque no meu tempo vago eu já faço isso, sabe? E eu ando perdendo a vergonha de ser boba. Já tomou conta de mim. Não dizem que você tem que fazer o que gosta, e tal e coisa? Então, eu gosto de ser boba. O que eu posso fazer, então? Alguma sugestão? Perdi a noção?
Tuesday, February 19, 2008
A velhinha japinha do andar de baixo
... morreu. Ontem à noite, disse minha mãe. De quê? "Não sei. Estou aqui no cemitério. O enterro é às 17h, você quer vir?". "Não, saio às 17h, não dá tempo."
Ela era fofa. Andava devagar, sempre com o filho ao lado. Esbarrava com ela pelos elevadores da vida, ou chegando do mercado, essas coisas. No início, apenas sorríamos uma para a outra. Afinal, além de fofa, ela era simpática, também. Um dia, há muitos anos atrás, ela me perguntou, com um português arrastado: 'está indo para onde?' Para o curso de inglês, respondi. E, desde então, ela só falava comigo em inglês. Falávamos pouco, apenas nesses minutinhos de elevador/portaria/corredor. 'How are you?', era como começava. E nunca passava muito disso. O filho, já não muito jovem, sempre muito tímido, apenas sorria. Acho que nunca a vi sem ele, e vice-versa. As coisas vão ser difíceis para ele a partir de agora, imagino.
Não sei nem ao menos o nome dela. Acho que nem minha mãe, já que me deu a notícia agora há pouco, pelo celular, e se referiu a ela assim como eu, 'aquela senhora japinha do andar de baixo'. Mas ela morreu, ontem à noite, e eu estou triste.
Ela era fofa. Andava devagar, sempre com o filho ao lado. Esbarrava com ela pelos elevadores da vida, ou chegando do mercado, essas coisas. No início, apenas sorríamos uma para a outra. Afinal, além de fofa, ela era simpática, também. Um dia, há muitos anos atrás, ela me perguntou, com um português arrastado: 'está indo para onde?' Para o curso de inglês, respondi. E, desde então, ela só falava comigo em inglês. Falávamos pouco, apenas nesses minutinhos de elevador/portaria/corredor. 'How are you?', era como começava. E nunca passava muito disso. O filho, já não muito jovem, sempre muito tímido, apenas sorria. Acho que nunca a vi sem ele, e vice-versa. As coisas vão ser difíceis para ele a partir de agora, imagino.
Não sei nem ao menos o nome dela. Acho que nem minha mãe, já que me deu a notícia agora há pouco, pelo celular, e se referiu a ela assim como eu, 'aquela senhora japinha do andar de baixo'. Mas ela morreu, ontem à noite, e eu estou triste.
Mais cenas
Manhã de terça-feira. Ponto de ônibus. O 'véinho' faz sinal. O ônibus passa pertinho, mas não pára. O que o 'véinho' faz?
Come uma cenoura?
Não. Ele faz assim pro ônibus:
Heh, esses velhinhos de copacabana são uma comédia. Miacabei.
Come uma cenoura?
Não. Ele faz assim pro ônibus:
Heh, esses velhinhos de copacabana são uma comédia. Miacabei.
Monday, February 18, 2008
Cenas inusitadas
Aí, vindo pro trabalho, passando pelo aterro do Flamengo. Terminei de ler o livro-bíblia que me acompanhava há algum tempo nas cotidianas viagens matinais, portanto troquei minha leitura diária pela observação da paisagem da cidade... bonitaaaaa... e o toque do afoxé*... enfim, Rio de Janeiro, não Bahia. Continuando. Estava lá, olhando as pessoas bem dispostas, fazendo suas corridas para começar o dia, caminhando, andando de bicicleta e afins. Mas nem só de atletas se faz um aterro, e vi também alguns mendigos ilustrando o local. Vi o primeiro. Sozinho, sentado no banquinho, lendo jornal. 'Que coisa, lendo jornal!', pensei. O ônibus se desloca mais um pouco. Outro mendigo, dessa vez sentado no chão. Lendo jor-nal. Mais à frente, mais um grupo de moradores de rua. E, entre eles, novamente, um também lia um jornal.
Inusitado, não? E ainda dizem que o jornal diário impresso está morrendo... não se depender desses resilientes fãs!
* Em 'homenagem' ao show-zona que teve ontem em copacabana. Bagunça nas ruas, desde o começo da tarde, até altas horas da noite. Motivo? Umas baianas cantoras aí quaisquer. Eu sei os nomes, mas enfim, não quero aparecer no google como resultado pela busca desse show. Tenho meus princípios, ok? Depressão, Complexo B, Baixar eu+me+remexo+muito, tudo bem. Muvucas copacabanenses, não. Mesmo porque não seria justo, afinal tudo que sei é que a muvuca se espalhou e se prolongou deveras.
Inusitado, não? E ainda dizem que o jornal diário impresso está morrendo... não se depender desses resilientes fãs!
* Em 'homenagem' ao show-zona que teve ontem em copacabana. Bagunça nas ruas, desde o começo da tarde, até altas horas da noite. Motivo? Umas baianas cantoras aí quaisquer. Eu sei os nomes, mas enfim, não quero aparecer no google como resultado pela busca desse show. Tenho meus princípios, ok? Depressão, Complexo B, Baixar eu+me+remexo+muito, tudo bem. Muvucas copacabanenses, não. Mesmo porque não seria justo, afinal tudo que sei é que a muvuca se espalhou e se prolongou deveras.
Friday, February 15, 2008
Tá de sacanagem...
Gente, a Insetisan insiste em tentar destruir toda a minha noção do mundo, do universo, e de tudo o mais. * Por aí você percebe o quão bem arraigada é minha noção do mundo, do universo e de tudo o mais *
Mas é sério. A musiquinha da Insetisan, durante anooos definidores de minha personalidade e referências inúteis, era com aquela voz chata, melosa, dizendo: Dois meia nove, meia nove, meia nove... Insetisâââân!
Aí, um dia, sem maiores avisos, sinto o chão cair sob meus pés quando escuto a nova canção, animadinha, voz normal, cinicamente propagando: 'Acabe com as baratas de uma vez, dois dois sete três, sete três, sete três... dois dois, sete três, sete três, sete três... insetifone, fone, fone'. Fiquei chocada, anos de terapia, mas estava superando, obrigada. Começava até a simpatizar levemente com a nova melodia... afinal ainda era a mesma Insetisan, apenas obrigada por novas e tirânicas regras telefônicas a alterar tão abruptamente seu tradicional e adorado número.
Foi quando hoje, no ônibus, veio a facada final. Estava lá, divagando mentalmente sobre coisa alguma, quando aquele ruído dos infernos alcança meus inocentes ouvidos: 'Telefone ao menos uma vez, dois UM sete três, sete três, sete três... dois UM sete três, sete três, sete três... insetifone, fone, fone...'
Gente... essas empresas não têm pudores ao brincar assim com os sentimentos das pessoas, não? Sério, isso não se faz. Não se faz.
Mas é sério. A musiquinha da Insetisan, durante anooos definidores de minha personalidade e referências inúteis, era com aquela voz chata, melosa, dizendo: Dois meia nove, meia nove, meia nove... Insetisâââân!
Aí, um dia, sem maiores avisos, sinto o chão cair sob meus pés quando escuto a nova canção, animadinha, voz normal, cinicamente propagando: 'Acabe com as baratas de uma vez, dois dois sete três, sete três, sete três... dois dois, sete três, sete três, sete três... insetifone, fone, fone'. Fiquei chocada, anos de terapia, mas estava superando, obrigada. Começava até a simpatizar levemente com a nova melodia... afinal ainda era a mesma Insetisan, apenas obrigada por novas e tirânicas regras telefônicas a alterar tão abruptamente seu tradicional e adorado número.
Foi quando hoje, no ônibus, veio a facada final. Estava lá, divagando mentalmente sobre coisa alguma, quando aquele ruído dos infernos alcança meus inocentes ouvidos: 'Telefone ao menos uma vez, dois UM sete três, sete três, sete três... dois UM sete três, sete três, sete três... insetifone, fone, fone...'
Gente... essas empresas não têm pudores ao brincar assim com os sentimentos das pessoas, não? Sério, isso não se faz. Não se faz.
Thursday, February 14, 2008
A whole new world
Então, passando só para dizer que academia + mp3 é um mundo totalmente novo, assim como Aladin um dia prometeu a Jasmine*. Aliás, vida + mp3 é um mundo totalmente novo. Mas comecemos do particular para depois nos juntarmos à geral, certo?
Então, tô lá, correndo na esteira... e aí começa a batida da música, e ela tá muito perto, como se viesse mesmo de dentro da sua cabeça... Aí o cantor vai lá e dá um berro, e você vai lá e aumenta a velocidade da esteira... Aí o ritmo vai e dá aquelas batidas gostosas, e você vai lá e candencia sua corrida pelas batidas. Não satisfeito, você saculeja os bracinhos, quase perdendo o equilíbrio na esteira... bom, essa parte é opcional. Enfim, você não sente vontade de parar a corrida, mesmo já tendo se passado os cinco minutos limites para a sua natural reação de esbaforimento pelo exercício. You're the king of the world, and you don't need no Rose or Jack**. Aí de repente, de uma hora pra outra, a música mais deprê de toda a sua seleção começa a tocar, e você rapidamente pega seu aparelhinho, com as mãos suadas, e sente, mais do que nunca, a necessidade de comprar uma capinha pro mp3, mas é tarde demais, e a esteira continua seu frenético movimento, e você precisa tirar aquele som desanimador de sua cabeça, aí você consegue passar para a próxima, aí a próxima também não te ajuda muito, afinal 80% das músicas de sua seleção são deprê, e aí já é tarde demais, você sente que já está bufando horrores após 12 minutos de corrida, aí você diminui bruscamente a velocidade da esteira e decide que, definitivamente, você precisa criar uma pasta chamada 'músicas para a academia' e ouvir unicamente essas selecionadas durantes seus bissextos exercícios acadêmicos. Ufa, cansou? Eu também, quase tanto quanto lá, no momento da corrida.
Outros efeitos colaterais da prática é que as demais pessoas que se exercitam sem trilha sonora podem te achar um ser muito esquito - so what, right? Isso se as pessoas perderem tempo para reparar em você, o que raramente acontece, porque elas geralmente só se preocupam com o próprio 'zumbigo'.
Aí é isso, o que quero dizer é que é ótimo exercício+música, apesar da agonia aparente de todo o momento.
* * *
Pô, eu disse que ia me juntar à geral, mas tipos... preguiça. E o post vai ficar grande demais, pra variar. Tá, vou tentar resumir:
Toda a vida fica melhor com mp3. Você desce do ônibus ouvindo Toxic (que bem que podia ter tocado na academia) se sentindo a maior 'díva' da rua. Ainda na academia, na hora do alongamento, ouve um Jack Johnson e percebe que tudo valeu a pena, que a vida é ótima, que todo aquele exercício vai ter resultado... Aí você vai almoçar sozinho, mas tem a música como companheira, e pode inclusive ensaiar umas dancinhas na fila do self-service, o que pode acarretar os efeitos colaterais já descritos na outra situação relatada nesse mesmo post. Aí, no trabalho, quando não tem ninguém na sala, você pode ouvir musiquinhas e dançar enquanto escreve suas parcas tarefas no novo quadro branco, aproveitando ainda para desenhar aquela vaquinha fofa ao lado das 'etapas do projeto'***. Você pode ouvir uma trilha sonora relaxante enquanto passa na avenida mais movimentada da sua cidade, e se sentir alheio a toda aquela correria ao seu redor... e, conseqüentemente, diminuir o passo e se atrasar um cadinho mais que de costume para chegar ao trabalho.
Enfim, chega, eu bem que avisei que ia ficar longo demais.
* só pra explicar, porque meus posts andam muito viajantes, e tô achando que tô perdendo os limites do contato com a realidade... Enfim, é a musiquinha do filme do Aladin, a whole new world e tal.
** Pelo mesmo motivo acima, explico: Titanic e tal.
Ok, demais esquisitices do post não serão explicadas. Principalmente porque não têm mesmo explicação.
Então, tô lá, correndo na esteira... e aí começa a batida da música, e ela tá muito perto, como se viesse mesmo de dentro da sua cabeça... Aí o cantor vai lá e dá um berro, e você vai lá e aumenta a velocidade da esteira... Aí o ritmo vai e dá aquelas batidas gostosas, e você vai lá e candencia sua corrida pelas batidas. Não satisfeito, você saculeja os bracinhos, quase perdendo o equilíbrio na esteira... bom, essa parte é opcional. Enfim, você não sente vontade de parar a corrida, mesmo já tendo se passado os cinco minutos limites para a sua natural reação de esbaforimento pelo exercício. You're the king of the world, and you don't need no Rose or Jack**. Aí de repente, de uma hora pra outra, a música mais deprê de toda a sua seleção começa a tocar, e você rapidamente pega seu aparelhinho, com as mãos suadas, e sente, mais do que nunca, a necessidade de comprar uma capinha pro mp3, mas é tarde demais, e a esteira continua seu frenético movimento, e você precisa tirar aquele som desanimador de sua cabeça, aí você consegue passar para a próxima, aí a próxima também não te ajuda muito, afinal 80% das músicas de sua seleção são deprê, e aí já é tarde demais, você sente que já está bufando horrores após 12 minutos de corrida, aí você diminui bruscamente a velocidade da esteira e decide que, definitivamente, você precisa criar uma pasta chamada 'músicas para a academia' e ouvir unicamente essas selecionadas durantes seus bissextos exercícios acadêmicos. Ufa, cansou? Eu também, quase tanto quanto lá, no momento da corrida.
Outros efeitos colaterais da prática é que as demais pessoas que se exercitam sem trilha sonora podem te achar um ser muito esquito - so what, right? Isso se as pessoas perderem tempo para reparar em você, o que raramente acontece, porque elas geralmente só se preocupam com o próprio 'zumbigo'.
Aí é isso, o que quero dizer é que é ótimo exercício+música, apesar da agonia aparente de todo o momento.
* * *
Pô, eu disse que ia me juntar à geral, mas tipos... preguiça. E o post vai ficar grande demais, pra variar. Tá, vou tentar resumir:
Toda a vida fica melhor com mp3. Você desce do ônibus ouvindo Toxic (que bem que podia ter tocado na academia) se sentindo a maior 'díva' da rua. Ainda na academia, na hora do alongamento, ouve um Jack Johnson e percebe que tudo valeu a pena, que a vida é ótima, que todo aquele exercício vai ter resultado... Aí você vai almoçar sozinho, mas tem a música como companheira, e pode inclusive ensaiar umas dancinhas na fila do self-service, o que pode acarretar os efeitos colaterais já descritos na outra situação relatada nesse mesmo post. Aí, no trabalho, quando não tem ninguém na sala, você pode ouvir musiquinhas e dançar enquanto escreve suas parcas tarefas no novo quadro branco, aproveitando ainda para desenhar aquela vaquinha fofa ao lado das 'etapas do projeto'***. Você pode ouvir uma trilha sonora relaxante enquanto passa na avenida mais movimentada da sua cidade, e se sentir alheio a toda aquela correria ao seu redor... e, conseqüentemente, diminuir o passo e se atrasar um cadinho mais que de costume para chegar ao trabalho.
Enfim, chega, eu bem que avisei que ia ficar longo demais.
* só pra explicar, porque meus posts andam muito viajantes, e tô achando que tô perdendo os limites do contato com a realidade... Enfim, é a musiquinha do filme do Aladin, a whole new world e tal.
** Pelo mesmo motivo acima, explico: Titanic e tal.
Ok, demais esquisitices do post não serão explicadas. Principalmente porque não têm mesmo explicação.
E, finalmente:
Tuesday, February 12, 2008
Templo d'Agulha
Aí, nessa vibe otimista em que me encontro, decidi finalmente comprar as linhas e a agulha pra aprender a tricotar. Yeah, é preciso muita fibra* (L7, L7) para uma decisão dessas, né não? Vai ver que é por isso que adiei tanto... Continuando. Eu sempre passo em frente à maldita loja, pensando: 'puxa, eu podia entrar e dar uma olhada...'; ou 'puxa... eu devia entrar hoje, por que não?', mas nunca entro. Eis que decidi fazer diferente, entrei, sem pensar, peguei as linhas e fui pro balcão. Chegando lá, a atendente não tava afim de facilitar as coisas para mim:
- Agulha de tricô, minha filha? Que agulha?
- Ah, aquelas duas...
- Sim, querida, aquelas duas. Mas de que tipo?
- Ah, não sei, só lembro de vista...
- Aí fica difícil. Tem vários tamanhos e tipos, sabe? * cara de desprezo *
Nesse momento eu já comecei a esconder as linhas que tinha escolhido, afinal eu nem sabia se eram adequadas às tais super variadas agulhas. A moça do lado, provavelmente mais uma das sabidonas da arte do... artesanato?, já começou a me olhar estranho. E eu, como auto defesa, já comecei a pensar em alguma desculpa para justificar essa minha audácia em chegar no balcão, assim, sem conhecimentos prévios ou autorização do clube das tricotadeiras, pedindo as sagradas agulhas: "Ah, é para minha mãe, não sei o número..." devia servir. Ou não. De qualquer forma, antes de sair chorando feito uma garotinha(?), dei uma de macho e peitei a rainha das agulha:
- Sim, vários tamanhos. Então me mostra.
- Ih, mas são muitos mesmo, sem o número fica impossível... Você quer mais fina, mais grossa...?
- Mostra pra mim o tamanho médio, por favor...
Porra, boa vontade é uma coisa linda, sabe? Tipos, a mulher tá ali pràquilo, e só quer saber de dificultar a minha vida, de dar uma de mestra das bordadeiras ou algo assim... But I wouldn't give up. Ela mostrou a média. Eu disse: uma mais fina, então. Ela pegou. E pronto, era o tamanho ideal. O 'impossível' foi resolvido olhando dois tipos da tão mágica agulha. humpf.
Fim.
* * *
E, como trilha sonora do post, sugiro a música que nenhum dos meus amigos lembra (ainda bem!): "vô que vô fazê cê tricotá... iê, iê, iê, iê... iê, iê, iê, iê... sou seu namorado, vem, vem! Que calor danado, vem vem vem... (...) kundun bate kundum (?), fricote do povo... eu te gosto assim, eu te adoro assim, desse jeito assim..." and so on, and so far
* eu queria dizer *guts*, mas não encontrei a palavra exata na nossa madre língua mãe gentil que, como a pátria, vive lá refestelada o tempo todo em berço que arrasa, e talz. Gostei de fibra pelo trocadilho infâme. Sugestões melhores?
- Agulha de tricô, minha filha? Que agulha?
- Ah, aquelas duas...
- Sim, querida, aquelas duas. Mas de que tipo?
- Ah, não sei, só lembro de vista...
- Aí fica difícil. Tem vários tamanhos e tipos, sabe? * cara de desprezo *
Nesse momento eu já comecei a esconder as linhas que tinha escolhido, afinal eu nem sabia se eram adequadas às tais super variadas agulhas. A moça do lado, provavelmente mais uma das sabidonas da arte do... artesanato?, já começou a me olhar estranho. E eu, como auto defesa, já comecei a pensar em alguma desculpa para justificar essa minha audácia em chegar no balcão, assim, sem conhecimentos prévios ou autorização do clube das tricotadeiras, pedindo as sagradas agulhas: "Ah, é para minha mãe, não sei o número..." devia servir. Ou não. De qualquer forma, antes de sair chorando feito uma garotinha(?), dei uma de macho e peitei a rainha das agulha:
- Sim, vários tamanhos. Então me mostra.
- Ih, mas são muitos mesmo, sem o número fica impossível... Você quer mais fina, mais grossa...?
- Mostra pra mim o tamanho médio, por favor...
Porra, boa vontade é uma coisa linda, sabe? Tipos, a mulher tá ali pràquilo, e só quer saber de dificultar a minha vida, de dar uma de mestra das bordadeiras ou algo assim... But I wouldn't give up. Ela mostrou a média. Eu disse: uma mais fina, então. Ela pegou. E pronto, era o tamanho ideal. O 'impossível' foi resolvido olhando dois tipos da tão mágica agulha. humpf.
Fim.
* * *
E, como trilha sonora do post, sugiro a música que nenhum dos meus amigos lembra (ainda bem!): "vô que vô fazê cê tricotá... iê, iê, iê, iê... iê, iê, iê, iê... sou seu namorado, vem, vem! Que calor danado, vem vem vem... (...) kundun bate kundum (?), fricote do povo... eu te gosto assim, eu te adoro assim, desse jeito assim..." and so on, and so far
* eu queria dizer *guts*, mas não encontrei a palavra exata na nossa madre língua mãe gentil que, como a pátria, vive lá refestelada o tempo todo em berço que arrasa, e talz. Gostei de fibra pelo trocadilho infâme. Sugestões melhores?
Gente estranha
Andando na rua. Uma mulher, próxima aos 40 anos, 'loira' encardida, cabelos curtos, carregando algumas sacolas de mercado. Um pouco mais a frente, junto a ela, uma menina, 9 anos aproximadamente, também com suas respectivas sacolinhas. Diálogo que se segue:
- Peraí garota! Mas você tá ficando insuportável, hein? Menina chata, questiona tudo, eu hein! Tá parecendo a sua tia Marina, tá igualzinha. Vai ficar igual a ela, você vai ver. Agora ela tá lá, quase 50 anos, não arrumou homem, ninguém quis. E você vai acabar que nem ela!
- (...) Vamos logo pra gente guardar as coisas todas.
O que leva uma pessoa a falar uma coisa dessas para uma menina de 9 anos? O que leva uma pessoa a pensar que 'arrumar homem' é o único parâmetro de sucesso na vida? Eu, hein!
* * *
Da lista de email que divulga vagas de emprego genéricas:
" 1/2 Oficial eletricista
Enviado por: "xxxx" xxxx@yahoo.com.br
Seg, 11 de Fev de 2008 11:23 am
Empresa em Vargem Grande contrata 1/2 oficial de eletricista R$782,88 + VT + VR de R$8,40 Com experiência na área de eletricista Favor enviar CV para o e-mail ( xxxx@gmail.com ) Grato, XXX RH"
Oi? 1/2 oficial? Porque inteiro tem que pagar mais e eles estão cortando custos? Eu hein!
* * *
Ok, diz o companheiro de trabalho que 1/2 oficial é a nomenclatura da coisa. Ainda assim: eu, hein!
***
Mais uma:
"Estágio para Contas a Pagar
Enviado por: "xxx" mailto:xxx.xxx@ibest.com.br
Sáb, 9 de Fev de 2008 12:07 am
Empresa de Consultoria e Serviços de Saúde abre vaga de Estágio para Contas a Pagar.
Perfil:
- Necessário um ano de experiência em Contas a Pagar;
(...)"
Infâmia à vista: heh, vamos, todos temos experiência em 'contas a pagar'! Só não sei quem precisaria de estágio nisso... Eu, hein!
- Peraí garota! Mas você tá ficando insuportável, hein? Menina chata, questiona tudo, eu hein! Tá parecendo a sua tia Marina, tá igualzinha. Vai ficar igual a ela, você vai ver. Agora ela tá lá, quase 50 anos, não arrumou homem, ninguém quis. E você vai acabar que nem ela!
- (...) Vamos logo pra gente guardar as coisas todas.
O que leva uma pessoa a falar uma coisa dessas para uma menina de 9 anos? O que leva uma pessoa a pensar que 'arrumar homem' é o único parâmetro de sucesso na vida? Eu, hein!
* * *
Da lista de email que divulga vagas de emprego genéricas:
" 1/2 Oficial eletricista
Enviado por: "xxxx" xxxx@yahoo.com.br
Seg, 11 de Fev de 2008 11:23 am
Empresa em Vargem Grande contrata 1/2 oficial de eletricista R$782,88 + VT + VR de R$8,40 Com experiência na área de eletricista Favor enviar CV para o e-mail ( xxxx@gmail.com ) Grato, XXX RH"
Oi? 1/2 oficial? Porque inteiro tem que pagar mais e eles estão cortando custos? Eu hein!
* * *
Ok, diz o companheiro de trabalho que 1/2 oficial é a nomenclatura da coisa. Ainda assim: eu, hein!
***
Mais uma:
"Estágio para Contas a Pagar
Enviado por: "xxx" mailto:xxx.xxx@ibest.com.br
Sáb, 9 de Fev de 2008 12:07 am
Empresa de Consultoria e Serviços de Saúde abre vaga de Estágio para Contas a Pagar.
Perfil:
- Necessário um ano de experiência em Contas a Pagar;
(...)"
Infâmia à vista: heh, vamos, todos temos experiência em 'contas a pagar'! Só não sei quem precisaria de estágio nisso... Eu, hein!
Sunday, February 10, 2008
Jorrando sem parar (e esse título espera, do fundo de seu coração (?!) não virar busca pornô no google...)
Então, queridos amigos da rede globo... NOT.
Estava eu aqui, me preparando psicologicamente para dormir - o que não leva muito tempo, devo dizer - mandando um e-mail super útil, vendo as últimas notícias do bigbrother, pensando em fazer um cházinho branco e tomar para aliviar meu peso na consciência - e na pança - pela comilança desenfreada de alfajores e outros quitutes igualmente deliciosos e adocicados trazidos pelos padresitos da terra dos hermanos (not mine, claro!)... enfim, fazendo o meu final de domingo valer a pena, entende? *o pelé entende! * Foi quando, num estalo, lembrei 'disso' aqui. É, essa coisinha esdrúxula aqui. Sim, chamo meu espaço disso, de bodeguinha, de bagulhão, porque ele é mulher (blog...) de malandro(a?) e gosta de ser maltratado... not, again. Anywyas... o último pensamento, antes daquele voltado ao meu pouco mimado blog, estava centrado no cházinho - cujo preparo leva certo tempo, sabe? Esquentar a água, colocar na xícara, esperar esfriar - mas não muito! - e tomar fazendo alguma dessas coisas úteis que enumerei no início do post, enrolando para ir dormir... Aí, pensando no que fazer nesses minutinhos entre o chá esfriar e o triunfo da caminha, pensei cá com meus botões: porque não aparecer no blog e fazer um post bem... coerente com minha mente - e só com ela -, nesse momento, enquanto espero o cházinho esfriar?
Boa idéia, não? Seria, se eu tivesse ido fazer o chá. Não, ainda não fui, portanto estou indo lá agora, e volto (ou não) no intervalo entre a fumacinha mais espessa e a fumacinha mais dissipante (?)... espero ter alguma idéia nesse meio tempo, para continuar por aqui... peraê, pero no mucho, ok? Não vá ficar por aí e esquecer da vida, porque, como avisei, posso não voltar. Tá, acho que fui clara.
(...)
Tá, eu já vou, peraí. O problema é que se eu parar de escrever agora, posso perder o momento, sabe? Esse momento ultra produtivo, como você(s) pode(m) perceber. Acho que vale a pena arriscar, né não?? Sim, tenho horrores a perder, mas gosto de viver perigosamente (já sabe(m), né?). Tá, agora vou, já volto.
* * *
Pô, nem demora tanto tempo assim para esquentar uma água, tá vendo?! Chega ao ponto de ebulição (100 graus) fácil! E eu acabo de gastar todo o conhecimento de, hum,... ciências? que ainda me resta. Porque eu sou jornalista (really?) e não sei muito de coisa nenhuma, sabe? Pois é. Mas como eu ia dizendo, a água esquenta rápido, mas o cházinho esfria rápido também, então hold yourserlves na cadeira porque tenho que correr com esse post, ou o chá pode se tornar frio demais e, por conseguinte, intragável para a pessoa que vos fala.
Então... Pô, esqueci o que ia falar. Tava lá na cozinha, olhando pra chaleira, doida pras bulhufas das bolhas de água começarem a aparecer e eu voltar pra cá, mas agora, que estou aqui... nhef!
Ih, alá, Bial me salva, argumentos dos emparedados, peraê! (...) Ai, tá muito chato, samambaia falando, médico louco, deixa pra lá.
* * *
Então tá... a questão é que eu tava pensando: porque não aparecer lá no me pedacinho empoeirado, colocar qualquer coisa?..., com o mesmo grau de intensidade que pensei: por que não tentar tirar água de pedra e fazer algo de útil amanhã no tabalho? por que não pegar meus livros velhos de espanhol e tentar dar uma 'guaribada' para que aquelas poucas horinhas por noite, por dois anos, não parecerem ter sido tão em vão? por que não deixar de orgulho, 'narcisismo'(?) ou coisa que o valha e pedir algumas coisas pros meus pais, me aproveitar mesmo, sabe, dessa condição favorável de filha? por que não tentar, finalmente, começar a manufatura de coisinhas fofas e bobas? Sei lá, I got the power, tô me sentindo assim hoje. Acho que é porque finalmente fiz o exame de sangue que eu tava adiando há anos, literalmente, por medo de agulha, e a mulher tirou 10 vidrinhos... sim, eu disse DEZ vidrinhos de sangue da minha veia, que ficou lá, pá, sem cessar, jorrando até saciar a vampira da paz (tava de branco... infâmia na veia... ao quadrado).
Enfim, tava pensando coisas assim. E achei legal dar uma registrada aqui... já fiz isso antes, registrar esses momentos raros de otimismo, mas acho que tem muito tempo que fiz isso pela última vez, afinal esse passou a ser o *14° resultado para desânimo+tristeza+pessimismo*, segundo o Deus Google.
Bom, é isso, acho que o chá chegou a temperatura ideal. chá-chegou... heh, made my day. See ya!
Estava eu aqui, me preparando psicologicamente para dormir - o que não leva muito tempo, devo dizer - mandando um e-mail super útil, vendo as últimas notícias do bigbrother, pensando em fazer um cházinho branco e tomar para aliviar meu peso na consciência - e na pança - pela comilança desenfreada de alfajores e outros quitutes igualmente deliciosos e adocicados trazidos pelos padresitos da terra dos hermanos (not mine, claro!)... enfim, fazendo o meu final de domingo valer a pena, entende? *o pelé entende! * Foi quando, num estalo, lembrei 'disso' aqui. É, essa coisinha esdrúxula aqui. Sim, chamo meu espaço disso, de bodeguinha, de bagulhão, porque ele é mulher (blog...) de malandro(a?) e gosta de ser maltratado... not, again. Anywyas... o último pensamento, antes daquele voltado ao meu pouco mimado blog, estava centrado no cházinho - cujo preparo leva certo tempo, sabe? Esquentar a água, colocar na xícara, esperar esfriar - mas não muito! - e tomar fazendo alguma dessas coisas úteis que enumerei no início do post, enrolando para ir dormir... Aí, pensando no que fazer nesses minutinhos entre o chá esfriar e o triunfo da caminha, pensei cá com meus botões: porque não aparecer no blog e fazer um post bem... coerente com minha mente - e só com ela -, nesse momento, enquanto espero o cházinho esfriar?
Boa idéia, não? Seria, se eu tivesse ido fazer o chá. Não, ainda não fui, portanto estou indo lá agora, e volto (ou não) no intervalo entre a fumacinha mais espessa e a fumacinha mais dissipante (?)... espero ter alguma idéia nesse meio tempo, para continuar por aqui... peraê, pero no mucho, ok? Não vá ficar por aí e esquecer da vida, porque, como avisei, posso não voltar. Tá, acho que fui clara.
(...)
Tá, eu já vou, peraí. O problema é que se eu parar de escrever agora, posso perder o momento, sabe? Esse momento ultra produtivo, como você(s) pode(m) perceber. Acho que vale a pena arriscar, né não?? Sim, tenho horrores a perder, mas gosto de viver perigosamente (já sabe(m), né?). Tá, agora vou, já volto.
* * *
Pô, nem demora tanto tempo assim para esquentar uma água, tá vendo?! Chega ao ponto de ebulição (100 graus) fácil! E eu acabo de gastar todo o conhecimento de, hum,... ciências? que ainda me resta. Porque eu sou jornalista (really?) e não sei muito de coisa nenhuma, sabe? Pois é. Mas como eu ia dizendo, a água esquenta rápido, mas o cházinho esfria rápido também, então hold yourserlves na cadeira porque tenho que correr com esse post, ou o chá pode se tornar frio demais e, por conseguinte, intragável para a pessoa que vos fala.
Então... Pô, esqueci o que ia falar. Tava lá na cozinha, olhando pra chaleira, doida pras bulhufas das bolhas de água começarem a aparecer e eu voltar pra cá, mas agora, que estou aqui... nhef!
Ih, alá, Bial me salva, argumentos dos emparedados, peraê! (...) Ai, tá muito chato, samambaia falando, médico louco, deixa pra lá.
* * *
Então tá... a questão é que eu tava pensando: porque não aparecer lá no me pedacinho empoeirado, colocar qualquer coisa?..., com o mesmo grau de intensidade que pensei: por que não tentar tirar água de pedra e fazer algo de útil amanhã no tabalho? por que não pegar meus livros velhos de espanhol e tentar dar uma 'guaribada' para que aquelas poucas horinhas por noite, por dois anos, não parecerem ter sido tão em vão? por que não deixar de orgulho, 'narcisismo'(?) ou coisa que o valha e pedir algumas coisas pros meus pais, me aproveitar mesmo, sabe, dessa condição favorável de filha? por que não tentar, finalmente, começar a manufatura de coisinhas fofas e bobas? Sei lá, I got the power, tô me sentindo assim hoje. Acho que é porque finalmente fiz o exame de sangue que eu tava adiando há anos, literalmente, por medo de agulha, e a mulher tirou 10 vidrinhos... sim, eu disse DEZ vidrinhos de sangue da minha veia, que ficou lá, pá, sem cessar, jorrando até saciar a vampira da paz (tava de branco... infâmia na veia... ao quadrado).
Enfim, tava pensando coisas assim. E achei legal dar uma registrada aqui... já fiz isso antes, registrar esses momentos raros de otimismo, mas acho que tem muito tempo que fiz isso pela última vez, afinal esse passou a ser o *14° resultado para desânimo+tristeza+pessimismo*, segundo o Deus Google.
Bom, é isso, acho que o chá chegou a temperatura ideal. chá-chegou... heh, made my day. See ya!
Thursday, January 10, 2008
I'm only human.
"O tédio é um sentimento humano, um estado de falta de estímulo, ou do presenciamento de uma ação ou estado repetitivo - por exemplo, falta de coisas interessantes para fazer, ouvir, sentir etc. As pessoas afetadas por tédio em caráter temporário consideram este estado muitas vezes como perdido, perda de tempo, mas geralmente, não mais do que isto. Alternativamente, alguns acham que ter tempo de sobra também causa tédio. Para as pessoas entediadas, o tempo parece passar mais lentamente do que quando elas estão entretidas. Tédio também pode ser um sintoma de depressão.
O tédio pode levar a atitudes impulsivas e às vezes mesmo excessivas, que não servem para nada e podem causar danos. Por exemplo, estudos mostram que acionistas da Bolsa de Valores podem vender ou comprar ações sem nenhuma razão objetiva para tal, simplesmente porque eles sentem-se entediados por não terem nada para fazer, onde o tédio é desencadeado por uma situação de saída de uma atividade rotineira de fazer contas, verificar investimentos, etc."
Fonte: Wikipedia
O tédio pode levar a atitudes impulsivas e às vezes mesmo excessivas, que não servem para nada e podem causar danos. Por exemplo, estudos mostram que acionistas da Bolsa de Valores podem vender ou comprar ações sem nenhuma razão objetiva para tal, simplesmente porque eles sentem-se entediados por não terem nada para fazer, onde o tédio é desencadeado por uma situação de saída de uma atividade rotineira de fazer contas, verificar investimentos, etc."
Fonte: Wikipedia
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