Wednesday, July 25, 2007

Pensamentos aéreos

Passei só para compartilhar um pensamento nada reconfortante que tive na semana passada, sentada dentro do avião, voltando para casa, um dia depois da tragédia do vôo da TAM. Lá estava eu, sentadinha e sacudindo os pés, com o cagaço que sempre me acompanha em viagens aéreas - um pouco mais dessa vez, claro, devido às circunstâncias. Então comecei a pensar nas maiores tragédias que podem acontecer quando se está no céu, lugar que, segundo me ensinaram em meu colégio católico, você só deveria conhecer depois que batesse as botas... mas como é de conhecimento geral, o homem (ah, esse danadinho!) deu um jeito de antecipar as coisas. Aliás, às vezes paro e penso sobre isso, e ainda acho inacreditáveis certas coisas que o homem foi capaz de construir. Há um tempo atrás me peguei contemplando a genialidade de se construir um viaduto. Sempre nos ares. E fiquei pensando que eu nunca pensaria num negócio desses. E que se dependesse de mim, sei lá, descobrir a eletricidade, e ainda que eu tivesse mil anos para essa tarefa, estaríamos todos indo dormir às 5 horas da tarde todos os dias; logo, o mundo seria bem melhor! (Isso eu pensei agora... sono!)

Enfim, continuemos antes que eu me perca! Estava eu pensando nas tragédias que poderiam acontecer, pensamentos que me acompanham muito frequentemente, devo dizer, mesmo quando estou andando de ônibus (imagina se o ônibus vira e cai do viaduto!), e fiz o que costumo fazer nesses momentos de medo gratuito: comecei a rezar, freneticamente. E fiquei lá, pedindo pela minha segurança e de todos que estavam naquela mesma situação, quando me passou um pensamento muito pouco ou nada reconfortante, como mencionei no início: entre as cento e oitenta e tantas pessoas que estavam lá naquele avião que explodiu, quantas delas, ou quantas dezenas delas, talvez, não teriam feito esse mesmo ritual, pedindo aos céus (olhando para o lado?) por suas seguranças? Muitas, sem dúvida. E o final da história todo mundo sabe. De repente fiquei ainda mais sem chão do que é possível ficar quando se está nos ares. Não parei com as orações, mas doeu pensar em nossa fragilidade, no desespero, nos segundos finais daquelas pessoas – rezando e pedindo, sem chance de serem atendidas. E foi isso que me deixou muito pouco ou nada reconfortada, principalmente durante as turbulências.

Saturday, July 21, 2007

Amô em Salvadô


Só esclarecendo que o "amô" em "salvadô" é alheio, porque o meu tava bem longe... sofro! Enfim, just a nice pic!

O que mais posso dizer de Salvador - ou pelo menos do pedacinho que conheci? Lindo, lindo demais. Litoral que não acaba. Batuques mil. Ladeiras sem fim. Pobreza, pedintes insistentes no pelourinho, no ponto de ônibus, em toda a parte. Black is beautiful. Acarajé, muqueca, delícias. Calor. Chuva, calor de novo. Tranquilidade ao andar na rua, sensação de medo esquecida no Rio. Casebres e prédios caindo aos pedaços com vista para o mar. Construções antigas, sobrados e afins, sempre com o charme caracaterístico. Gringos everywhere.

Ah, sim, e eu fico com cara de argentina ou coisa que o valha em salvador... vários vendedores falando em espanhol comigo. Eu hein!

Thursday, July 12, 2007

Olodum pirou de ve-e-e-ez.

Então, estou indo para Salvador amanhã, a 'trabalho'. Achei importante colocar isso aqui, afinal posto tão assiduamente que todos os meus dois leitores (eu e uma amiga) poderiam ficar preocupados com minha ausência.

Na verdade, passei para deixar um lembrete virtuo-mental para mim mesma, pois quando eu voltar algumas coisas têm que mudar. Porque sabe, eu já empurrei as situações com a enorme barriga mais que o aceitável, mesmo para uma procrastinadora inveterada. Então, na volta, as coisas mudam.

Entre essas mudanças, tentarei colocar ali no meio, entre uma 'desbananização' e outra, aparecer mais frequentemente por aqui. Veremos.

See ya!