Monday, June 23, 2008

Tri legal

Estou cheia de coisas trabalhativas para fazer hoje, mas como tinha muito tempo que eu não passava por aqui, e como eu também queria fazer um breve comentário, cá estou eu.

Hoje de manhã fiquei pensando nessas pessoas que alegram o nosso dia e nem sabem...

Exemplifico: o motorista gaúcho do ônibus que pego para vir para o trabalho. Nem sempre ele é o motorista, varia muito, principalmente porque meu horário de saída também varia muito. Cada vez mais atrasada... mas isso não vem ao caso. Aí quando entro no ônibus e vejo que ele é o motorista do dia, já começo minha manhã mais feliz. Não, não estou apaixonada pelo motorista, apesar de que sim, ele é 'visualmente' agradável. Mas não é isso. É que ele é muito divertido. Primeiro, tem o sotaque. Depois o bom humor inabalável! Sempre sorrindo, conversando, alegrando a todos. Algumas das pérolas:
"Báh, minha casa é tão pequena, mas tão pequena, que o cachorro tem que abanar o rabo de cima para baixo (fazendo o gesto), porque de lado não dá espaço!"
"Mas o trânsito ontem estava terrível! Acho que o povo recebeu e saiu ansioso para gastar as 'merrequinhas', aí ficou complicado mesmo!"

Aí é isso, fico mais bem humorada escutando os comentários engraçadinhos do motorista. Fora que ele não corre tanto quanto os outros, dirige melhor mesmo, então me sinto mais segura. Ele alegra meu dia e nem sabe. Tem muitas pessoas assim por aí, não é?

* * *

Uhul, semana festiva, mais um ano de vida... Estou me sentindo bem, obrigada. Nada de inferno astral. Acho que, desde 2005, esse é o aniversário em que me sinto mais 'leve'. E, definitivamente, essa leveza não tem nada a ver com meu peso (há). Não há nenhum motivo objetivo para isso, mas estou menos sofrida, mais segura, mais positiva. Que essas mudanças venham para ficar.

Wednesday, June 11, 2008

Dicas preciosas!

Como não ficar nervoso em apresentações no trabalho:

1- Vá com uma blusa que você nunca usou, bem bonita, para combinar com seu visual 'mulher/homem de negócios';
2 - Make sure que essa blusa tenha um botão enorme e bem vistoso, assim, bem na frente, e que desse botão dependa toda a sustentação da vestimenta.
3 - Perca esse botão minutos antes da apresentação.
4 - Tente resolver o problema com um clips e um grampo.

As dicas podem ser resumidas também da seguinte forma:
1 - arranje uma coisa realmente séria para se preocupar.

E essa foi mais uma dica preciosa da menina que se remexe muito até perder seus botões. Ou 'a menina que remexe o corpo mas não deveria arrebentar os botões', tipo Cissa Guimarães no Vídeo Show. Acho que forcei demais nessa referência, né? Ah, já foi.

Sunday, June 01, 2008

Gimme more!

Eu sei que já postei hoje, e 'o quê? dois posts no mesmo dia? isso subverte toda a ordem mundial e tal, como ousas..."; sei que todos vocês, hordas de leitores, devem estar realmente chocados, mas eu queria falar mais coisas do domingo hospitalar e seus arredores que não têm nada a ver com a parte hospitalar da história, então voltei.

É que eu fico pensando se as pessoas gostam de ser bisbilhotadas. Ou se, inconscientemente, elas deixam fios soltos para serem seguidos pelos mais curiosos. Porque só pode. Ou não. Enfim. Eu realmente sei mais sobre as pessoas do que deveria. Muito mais. Não sei se por abelhudice extrema minha ou por displicência alheia. O que não deixa de ser fascinante, imagina se você realmente pudesse saber tudo sobre as pessoas? 'O que você faz quando/ ninguém te vê fazendo...'. Tudo bem que nem todo mundo é bisbilhotável e interessante, mas quando você encontra alguém assim, e ainda por cima com os tais fios soltos, fica difícil fazer a coisa certa e não se aventurar no desconhecido da vida alheia. É.

Aliás, essa coisa do Outro é interessante. Como pode, num piscar de olhos, variar de desprezível a irresistível? Incrível.

* * *

Bom, quê mais... Uma conversa breve, muito mais do que deveria, seguida de uma leve decepção, por assim dizer. Nunca consigo prolongar conversas importantes. Não consigo me expressar. Mas o tempo que durou foi o suficiente para repensar a vida, repensar o pensar a vida.

* * *

Ah, sim, e sem explicações esse post. Mais bilhete mental do que qualquer coisa. Obrigada pela visita e até a próxima. Hum, isso me lembrou aquele livro"Até mais e obrigado pelos peixes!". Pois é, essa é a idéia, 'sem sentido' assim.

Notas sobre um domingo hospitalar

Chegando no hospital. Público. Aí tinha um cachorro com um olho azul e o outro preto. Não sei se era doença ou 'estilo' mesmo. Assustador, de qualquer forma. Mas até que ele era um vira-latinha simpático. Aí estava cheio de gente na portaria, filas quilométricas para visitar os adoecidos, e o cão assustador andava pra lá e pra cá, buscando atenção, sem sucesso. O máximo que conseguiu foi uns minutinhos da atenção, à distância, da pessoa que vos escreve... e, posteriormente, umas poucas linhas em um blog deserto. Mais sucesso que muitos cães que vemos por aí, não é mesmo? A não ser que você tenha o snoppy ou o scooby doo como parâmetros. Enfim.

* * *

Duas filas. Uma para visitar pacientes cujos nomes comecem com as letras A até L, e outra de L até Z.
- Ih, em que fila eu entro?
- Bom, senhor, essa aqui é de A até L.
- E a outra?
- De M a Z.
- Ih, agora?? Tinha que ser com I!!!
- (...) Então é essa mesmo.
- Ah, tá, obrigado!

* * *

Frio.

* * *

Estava eu, visitando uma senhora (muito da fofinha, diga-se de passagem!), quando chega uma outra senhora, pára ao meu lado e pergunta sobre meu grau de parentesco com a paciente. 'Namorada do neto dela', respondi. Mas acho que seu eu tivesse respondido 'paralelepípedo' não faria a menor diferença, porque a tal senhora desandou a falar, e a dar conselhos de como cuidar da senhora, e contou sobre o marido que teve problema na próstrata, mas "não foi nada não, o problema foi a depressão depois... Treze anos deprimido. E eu cuidei dele esse tempo todo. Morreu ano passado. Semana passada fez um ano.". Hum... "O importante é que a senhora esteve ao lado dele, não é?". "É. minha filha, sempre. Fica com Deus. E melhoras para a senhora.". E assim ela se foi, tão repentinamente quanto chegou. As pessoas são mesmo muito carentes.