Wednesday, August 06, 2008

Um é pouco? Três é demais...!

É mesmo muito engraçada essa coisa da vida imaginária. Ocupa grande parte do meu tempo. Às vezes eu quero que as pessoas ao meu redor, nos ônibus e ruas da vida, simplesmente sumam, para que eu possa fazer gestos, sorrir ou chorar, enfim, agir de forma coerente com o filme que se passa em minha mente no momento. É...

Eu diria que, além da vida imaginária, tem aquela dos sonhos também. Têm pessoas que insistem em aparecer nos meus, seres de tempos longínquos, mas que estão sempre lá, vivos e atuantes, influenciando o meu humor pós-sonho. Como se, de alguma maneira, certa época tivesse parado no tempo, e toda aquela sensação tivesse congelado e se fixado de tal forma no meu inconsciente que eu simplesmente não consiga esquecer. Como se eu tivesse algo a resolver; se não na realidade, via sonho mesmo. É sempre do mesmo jeito. Eu sempre sei que estou sonhando. E eu nunca consigo resolver. Muito esquisito. Mas hoje, pela primeira vez, a sensação de não resolução da coisa não foi angustiante. Foi tipo: ‘yeah, right, to sonhando, e vai ficar por isso mesmo, fine by me... neeeeeext!’. Enfim, diferente.

Além dessas duas realidades imaginadas, pratico ainda uma terceira modalidade: viver grandes dramas com pessoas reais, sem avisar a elas. Fico lá, imaginando brigas terríveis, chegando à conclusão de que o fim é inevitável, de que não quero mais vê-las, e isso começa a influenciar as relações reais... até que uma faísca de realidade me faz ver o quão idiota é todo o drama imaginado, e então vou lá, imagino que ficou tudo bem e aplico essa mesma solução para a vida real.

Man, qual é o meu problema? Qual a dificuldade em viver a vida como ela é, e só? Como se uma vida com seus problemas bastante reais fosse pouca coisa pra administrar...

1 comment:

Sheila said...

ai, m identifico tanto q nem tenho o q comentar. vivo pensando sobre essa coisa d "vida mental", aquilo q só acontece na sua cabeça, mas tanto que nem sei dizer exatamente o quê.