"Era discretíssimo o bearnês, apesar da pouca idade. Por isso fingira acreditar em tudo quanto lhe contara o glorioso mosqueteiro, na convicção de que não há amizade que resista a um segredo surpreendido, mormente quando esse segredo interessa o orgulho; mas temos sempre alguma superioridade moral sobre as pessoas cuja vida conhecemos."
"Nada faz passar o tempo nem abrevia uma estrada como um pensamento que absorva em si mesmo todas as faculdades daquele que pensa. A existência exterior semelha então um sono de que esse pensamento é o sonho. Por sua influência, o tempo já não tem medida, o espaço não tem distância. Partimos de um lugar e chegamos a outro, eis tudo. Do intervalo percorrido só nos fica na lembrança um vago nevoeiro, em que se dissipam mil imagens confusas de árvores, montanhas e paisagens."
Fuckin' perfect. Os dois trechos em uma mesma página de 'Os três mosqueteiros', de Alexandre Dumas. Esse merece um 'selo érica de qualidade'! Pensando bem, não merece não, pobre livro!
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2 comments:
bonito e simples, mas mesmo assim não peguei a essência da coisa. nos 2 trechos. =/
to ficando burra?
haha, não, não está ficando burra. talvez essas coisas não digam muito pra você! mas pra mim fez todo o sentido!
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