Aí, nessa vibe otimista em que me encontro, decidi finalmente comprar as linhas e a agulha pra aprender a tricotar. Yeah, é preciso muita fibra* (L7, L7) para uma decisão dessas, né não? Vai ver que é por isso que adiei tanto... Continuando. Eu sempre passo em frente à maldita loja, pensando: 'puxa, eu podia entrar e dar uma olhada...'; ou 'puxa... eu devia entrar hoje, por que não?', mas nunca entro. Eis que decidi fazer diferente, entrei, sem pensar, peguei as linhas e fui pro balcão. Chegando lá, a atendente não tava afim de facilitar as coisas para mim:
- Agulha de tricô, minha filha? Que agulha?
- Ah, aquelas duas...
- Sim, querida, aquelas duas. Mas de que tipo?
- Ah, não sei, só lembro de vista...
- Aí fica difícil. Tem vários tamanhos e tipos, sabe? * cara de desprezo *
Nesse momento eu já comecei a esconder as linhas que tinha escolhido, afinal eu nem sabia se eram adequadas às tais super variadas agulhas. A moça do lado, provavelmente mais uma das sabidonas da arte do... artesanato?, já começou a me olhar estranho. E eu, como auto defesa, já comecei a pensar em alguma desculpa para justificar essa minha audácia em chegar no balcão, assim, sem conhecimentos prévios ou autorização do clube das tricotadeiras, pedindo as sagradas agulhas: "Ah, é para minha mãe, não sei o número..." devia servir. Ou não. De qualquer forma, antes de sair chorando feito uma garotinha(?), dei uma de macho e peitei a rainha das agulha:
- Sim, vários tamanhos. Então me mostra.
- Ih, mas são muitos mesmo, sem o número fica impossível... Você quer mais fina, mais grossa...?
- Mostra pra mim o tamanho médio, por favor...
Porra, boa vontade é uma coisa linda, sabe? Tipos, a mulher tá ali pràquilo, e só quer saber de dificultar a minha vida, de dar uma de mestra das bordadeiras ou algo assim... But I wouldn't give up. Ela mostrou a média. Eu disse: uma mais fina, então. Ela pegou. E pronto, era o tamanho ideal. O 'impossível' foi resolvido olhando dois tipos da tão mágica agulha. humpf.
Fim.
* * *
E, como trilha sonora do post, sugiro a música que nenhum dos meus amigos lembra (ainda bem!): "vô que vô fazê cê tricotá... iê, iê, iê, iê... iê, iê, iê, iê... sou seu namorado, vem, vem! Que calor danado, vem vem vem... (...) kundun bate kundum (?), fricote do povo... eu te gosto assim, eu te adoro assim, desse jeito assim..." and so on, and so far
* eu queria dizer *guts*, mas não encontrei a palavra exata na nossa madre língua mãe gentil que, como a pátria, vive lá refestelada o tempo todo em berço que arrasa, e talz. Gostei de fibra pelo trocadilho infâme. Sugestões melhores?
Tuesday, February 12, 2008
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1 comment:
hahahahah adorei. isso aí, banana, acaba com a raça dessas tricotadeiras esnobes!
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