Wednesday, August 01, 2007

Não fui capaz de criar um título didático para o post aleatório

Olá, 'pessoal' (uhum...). Bem confuso o post de hoje, vou logo avisando. Apenas será escrito porque estou em uma política de produtividade, ainda que com pouca qualidade. Nem eu sei ainda sobre o que escrevinharei. Então deixa eu começar logo para ver se as coisas ficam mais claras.

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Ontem vi dois filmes muito bacanas no cinema: 'Medos privados em lugares públicos', e 'Paris, te amo', sendo que o primeiro vi sozinha - hábito nada costumeiro, a não ser, vá lá, na época do festival do Rio. Isso quando consigo vencer a preguiça e sair de casa. Aliás, foi justamente para vencer a preguiça que assisti aos dois filmes no mesmo dia, um seguido do outro. Parece idiota, mas para a procrastinadora que vos fala, é uma vitória decidir por qualquer outra coisa quando a opção ' ir pra casa dormir um pouco' está entre as alternativas.

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Outra vitória sobre a procrastinação: ao invés de colocar o relógio para despertar 45 minutos antes da hora em que realmente decido levantar, sempre adiada por sucessivos 'sonecas' (santa função do celular?), coloquei o despertador para apenas 8 minutos antes do que pretendo levantar. Exatamente, o tempo de um soneca. Um pequeno passo para o homem...

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Voltando. Lá estava eu, solitária no cinema, sem ninguém para comentar questões que urgiam ser comentadas:

1 - Antes do filme, tela azul, orientações sobre o cinema em letras brancas. Entre elas: "Esse cinema está equipado com portas 'anti-pânico' ". Aí fiquei eu pensando, o que seria uma porta anti-pânico? Uma porta que se dissiparia a qualquer sinal de pânico, afinal nessas situações ela apenas atrapalharia? Ou uma porta que falasse com os cinéfilos (ou não) em fuga: 'Calma, fica calmo, nada de pânico... nada de pânico, porra, fica calmo, já falei!". Pois é. Comecei a rir sozinha no cinema, sem nenhuma porta ou cadeira 'anti-retardamento' para dar um jeito em minha pessoa.

2 - Filme em francês. Créditos no início. 'Não sei o quê le soutien', seguido de dois nomes. Ok, qual seria o papel dos soutiens em uma produção cinematográfica? Dar algum tipo de suporte...? Vou procurar no google a tradução. Depois.

Beleuza. Vi o primeiro filme, 'Couers', título original do 'Medos privados em lugares públicos (!), comi uns chocolatinhos na sessão, fiquei tímida de dar risadas em algumas partes infames, dessas que as pessoas ditas normais não vêem graça alguma. Isso até ouvir a risadinha de meu companheiro desconhecido de fileira, apenas a uma cadeirinha de distância. A partir daí fomos cúmplices na infâmia, a experiência ficou até um pouco menos solitária.

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Segunda sessão, eu tinha companhia, que alegria. Mas não pude comentar nada, nem na hora do trailler, porque um obeso viadinho da fileira da frente ficou incomodado com as conversinhas e risadinhas pré-filme, e fez um 'shhhh', bem primário style, o que acentuou ainda mais sua afetação. Poxa, tinha acabado de ganhar um livrinho do Mário Quintana de minha companheira cinematográfica, e nem podia me alegrar de maneira apropriada, fazer uma mini fuzarca agradecida? Fiquei revoltada, e tive uma séria discussão com o ser obeso... mas só em casa, no banheiro, na hora em que estava escovando os dentes para ir dormir! Ah, o danado ficou sem resposta, pois sim! (...)

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Ah, do segundo filme, 'Paris, te amo', deixo aqui parte de uma parte muito bonita:

"Que linda manito que tengo yo, qué linda y blanquita que Dios me dio;
Qué lindos ojitos que tengo yo, qué lindos y negritos que Dios me dio;
Qué linda boquita que tengo yo, qué linda y rojita que Dios me dio;
Qué lindas paticas que tengo yo, qué lindas y gorditas que Dios me dio;
Qué lindas manitos que tengo yo, qué lindas y blanquitas que Dios me dio..."

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Voltando ao gancho do começo do post, da política de 'produtividade, ainda que sem qualidade', acredito que alguns (poucos) diretores dos curtas que compõe o 'Paris' vivam sob essa filosofia. Assim como muitos publicitários por esse mundo a fora. Porque gastar dinheiro, e tempo, com certas coisas - e o pior, expô-las ao público? Mistério. Ficou claro o que eu quis dizer? Espero que sim, porque tô com preguiça de explicar mais.

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Bom, aí foi isso. Hoje no trabalho, um companheiro em processo de separação brigou com a futura ex-esposa e, ao que parece, ela desligou o telefone na cara dele. Eu quis dizer alguma coisa, mas não disse. Quis dar um sorriso cúmplice, algo como 'vai dar tudo certo', mas nem para ele olhei. Limitações que não entendo. Fiquei me sentindo mal depois disso, e lembrei da história que outra companheira de trabalho contou, sobre o hamster que morreu um dia após a uma discussão horrível que ela teve em família, discussão essa que teve como palco a mesma sala onde o sensitivo hamster residia e cotidianamente brincava na rodinha de sua gaiola, entre suas demais atribuições de hamster. Ela acredita que ele sentiu o clima pesado, e acabou não agüentando. Eu ri da história na hora, mas tô me sentindo um tanto quanto hamster nesse momento... and it does NOT feel good. Talvez seja agosto, que chegou.

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Ps: O google, que tudo sabe, me disse que soutien é apoio, em francês. Faz todo o sentido.

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