Tuesday, March 27, 2007

Pequena lista de desejos

Como relatado no post anterior ao anterior (seria o post anteanterior?), eu desisto muito rápido das coisas que tenho vontade de fazer simplesmente porque esqueço delas. Daí veio a idéia de criar uma pequena lista de desejos plenamente realizáveis e deixá-la aqui exposta no blog, para eu não esquecer ou, pelo menos, para ver se o constrangimento de deixar tarefas tão banais expostas para quem quiser ver me faça tomar vergonha na cara e, principalmente, uma atitude. Mas logo aviso: não perca seu tempo lendo, é bem desinteressante mesmo, sou eu. Auto-estima renovada, vamos lá:

1- Deixar de bananice e entrar logo na Ioga;
2 – Deixar de bananice e ir fazer o exame de sangue que tanto adio;
3 – Deixar de bananice e fazer os demais exames que se acumulam;
4 – Deixar de... bem, já deu pra entender, né? Só para ficar claro de uma vez por todas, deixo um tópico exclusivo para essa tarefinha: Deixar de bananice;
5 – Me permitir mais tolices na vida;
6 – Aprender finalmente a tocar violão. So what que não vou conseguir? Eu quero tentar! Primeira tarefa: comprar o instrumento;
7 – Visitar mais frequentemente a locadora, apesar da imensa distância de duas ruas da minha casa, que até hoje têm me impedido de ir lá pegar alguns filminhos;
8 – Comprar o DVD do Donnie Darko. O que me leva ao próximo desejo;
9 – Aprender a fazer compras pela internet;
10 – Desbloquear a senha eletrônica do banco;
11 – Estabelecer rotina semanal (ou no máximo quinzenal) de batata*;
12 – Me inscrever na O.**;
13 – Passar um final de semana em Petrópolis;
14 – Organizar uma comilança no Camping;
15 – Passear no Sana novamente;
16 – Passar um final de semana em São Paulo;
17 – Procurar um curso de fotografia;
18 – Consumir mais;
19 – Me dedicar ao curso de especialização, já que não fiz o mesmo com a faculdade;
20 – Fica proibido qualquer final de semana de moscação completa. Nem que a única atividade seja a contida no ítem 7;
21 – Usar o tempo ocioso no trabalho para coisas produtivas;
22 – Comprar um caderninho de anotações aleatórias;
23 – Escutar mais música nacional, baixar uns cds;
24 – Escutar mais música;
25 – Comprar um mp3 player;
26 – Não abandonar o blog;
27 – Escrever mais;
28 – Ler mais;
29 – Comentar com os amigos a idéia dos 'seminários informais de temas aleatórios';
30 – Estudar espanhol;
31 – Comprar uma gramática boa;
32 – Aprender a cozinhar. Essa pode ser uma boa tarefa também para contribuir com o ítem 20;
33 – Arrumar o armário, me livrar das roupas que não vou usar mais;
34 - Arrumar meu quarto, ou pelo menos as prateleiras que me competem;
35 – Arrumar minha cama todo dia;
36 – Dar uma olhada nos textos velhos da faculdade, ver se finalmente decido ler algum;
37 – Atualizar constantemente essa lista sempre que algum desejo passar por minha perturbada mente. Usar também o ítem 22 para o mesmo fim.

Então, por enquanto, é isso! Vou estabelecer um prazo pra voltar e ver o que eu consegui realizar dessa lista. Vejamos... um mês tá baum, né? Eu acho! Então tá combinado!

* Apelido dado ao encontro periódico de um grupo específico de amigos;
** Essa eu guardo só pra mim.

Thursday, March 22, 2007

Então...

Sabe os breves momentinhos de otimismo de ontem? Pois é, estão sendo cruelmente compensados hoje por um desânimo que me dá vontade de sumir, de não existir.

Fim.

Wednesday, March 21, 2007

Complexo B

Então decidi aproveitar um momento raro de otimismo gratuito para dar uma passadinha aqui e atualizar/ressuscitar o defunto falido. Podemos começar a historinha de hoje? Então lá vamos nós:

Estava eu no ônibus, ouvindo a rádio escolhida pelo motorista, que dessa vez não era das piores, quando Jorge Vercilo chama minha atenção: "O eterno aprendizado é o próprio fiiiim... mais aléééém... mais de miiiiim... todo ano a vida espera mais de miiiiiim". E ao invés de pensar: "porra, essa música de novo", eu pensei que, apesar da breguice and so on and so far, isso é tão verdade! E eu me esqueço do quanto gosto de aprender as coisas, e conhecer, e tudo o mais, e porquê? Pura preguiça. Aliada, é claro, a minha insegurança e pessimismo, que por sua vez carregam os tradicionais 'não vai dar certo', 'não vou conseguir', 'mas e o porquê disso tudo?'... O eterno aprendizado é o próprio fim.


E vejam só, a vida é mesmo uma caixinha de surpresas, como constatou o persistente Joseph Climber! Nessa quarta-feira-quase-calorenta, o cara do “a saudade bateu foi que nem maré” e do “eu tenho uma idéééiaaa, você na minha teeiaaaa” me tirou da inércia. O que só reforça a minha teoria de que até as coisas mais idiotas tem potencial, dependendo da forma com que você as vê. Mas isso não vem ao caso. O que acontece é que, quando tenho esses flashes instantâneos de desbananice aguda, me vem na cabeça um turbilhão de coisas que tenho vontade de fazer, de aprender, de conhecer... coisas essas que ficam esquecidas, escondidas dentro de mim, em algum lugar mais oculto que o beleléu de meias e guarda-chuvas. Mas sabe o que é mais triste? É que eu tenho plena consciência de que, comigo, vontade é coisa que dá e passa MESMO. Às vezes tenho inveja dos maníacos e bitolados, só pela capacidade deles de não desistir do que gostam ou acreditam, de permanecer tentando, sem desanimar... Mesmo que seja um objetivo idiota. Mas eles se identificam com a tal coisa e aquilo sempre responde aos anseios deles. A mim não. As coisas 'perdem a liga', sabe? Pois é. Só que, nesses raros momentos de lucidez (ou 'maluquez'?), essas 'vontades' voltam e me cobram uma atitude. Elas sempre voltam, e sempre passam, num ciclo sem fim*... Acho que ainda consigo conviver com isso porque sou jovem e tal e coisa, e nenhuma dessas vontades ainda está totalmente proibida pra mim. Mas eu sei que não vou ter todo esse tempo para sempre. E a cobrança vai ser cada vez mais cruel.


Tá vendo como os momentos de otimismo passam rápido? Já estou eu aqui, pessimista de novo. Mas hoje o desânimo não vai me vencer! “Só hoooje... la la la la, la la la laaaa”. (referências musicais cada vez mais elaboradas – e ainda por cima acho que misturei duas músicas da mesma banda. Esse 'la la la...' é de outra. Evidente, não? Tão específico, não sei como pude confundir!).


Outra coisa que pensei nesse momento reflexivo, cadenciado pelo nada suave balançar do ônibus: comecei a tomar umas vitaminas que a médica mandou, porque eu posso estar com deficiência das mesmas e tal. Lendo a bula e sites específicos, vi que um dos efeitos da deficiência dessa substância é o desânimo, falta de energia e afins. Aí pensei cá com meus botões: “Puxa vida, será que todos os meus problemas acabaram-se? Será que esse bagulho e do 'bão' e vai me deixar mais feliz?! Oh, well, comecei ontem, e hoje até o Jorge Vercilo passou a fazer sentido para mim! É um bom sinal, não?”. É... Aí esse pensamento começou a ficar estranho... Quer dizer que toda a tristeza, desânimo e demais especificidades do meu ser só ocorrem por conta de falta de uma vitamina?! Então não sou realmente triste, como diz o Pessoa (“Eu sofro, não sei se merecidamente. Eu não sou pessimista, sou triste.”)?


O que eu posso dizer em relação àquela história de que só a tristeza é realmente criativa, então? Não sei, mas, egoísta que sou, não consigo deixar de sentir um certo alívio pensando na sorte que tenho pelo Fernando Pessoa não ter conhecido as vitaminas do 'Complexo B'...











*...que nos guiará/ É a dor, e a ilusão/ É a fé e o amor/ Até encontrar/ O nosso caminhoooo/ Nesse ciclo/ Nesse ciclo sem fim... * barulhinhos estranhos * . Finalizando com Rei Leão! Coloquei aqui no final pra não assustar/dispersar as atenções no meio do texto.